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Tomadas de Posição

Despenalização da Eutanásia – Tomada de Posição da Associação Cristã Evangélica de Profissionais de Saúde

768 432 Aliança Evangélica Portuguesa

A Associação Cristã Evangélica de Profissionais de Saúde manifesta o seu pesar e preocupação pela aprovação da despenalização da eutanásia em Portugal. Tomada de posição apoiada também pela AEP.
Acreditamos e defendemos que a vida é uma dádiva de Deus!

A Associação Cristã Evangélica de Profissionais de Saúde manifesta o seu pesar e preocupação pela aprovação da despenalização da eutanásia em Portugal.

Acreditamos e defendemos que a vida é uma dádiva de Deus e que todo o ser humano tem valor e dignidade, desde a conceção até à morte natural, sejam quais forem as circunstâncias.

A decisão tomada por maioria parlamentar no passado dia 20 de fevereiro, contra a constituição da República Portuguesa, que refere categoricamente no seu artigo 24.º que “a vida humana é inviolável”, e com os pareceres desfavoráveis da Ordem dos Médicos, da Ordem dos Enfermeiros, do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida e de muitas outras entidades, nacionais e internacionais, é um enorme retrocesso civilizacional. O nosso país, um dos pioneiros na abolição da pena de morte, pretende juntar-se à triste minoria dos países do mundo onde a eutanásia é legal.

Como profissionais de saúde, inscritos na Ordem dos Médicos, na Ordem dos Enfermeiros, e na Ordem dos Médicos Dentistas , defendemos a necessidade de um cuidado humanizado a cada doente, esteja ou não em estado terminal, de acordo com as melhores práticas profissionais. Acreditamos que a eutanásia ou o suicídio assistido não são a melhor opção em nenhuma situação clínica, por mais complexa que seja. Não aliviam o sofrimento mas matam a pessoa que sofre.

A despenalização da eutanásia é apresentada como uma solução de último recurso, em circunstâncias excecionais, mas o exemplo de países como a Holanda ou a Bélgica, que permitem estas práticas, confirmam que o Estado não tem capacidade de regular a atuação dos médicos que as executam e de impedir que muitas pessoas sejam mortas contra a sua vontade ou sem terem formulado qualquer pedido nesse sentido. Enveredar pela eutanásia parece ser a solução mais fácil para o alívio da dor e sofrimento insuportáveis, que desresponsabiliza o Estado e os serviços de saúde de cuidarem do paciente de uma forma global, tendo em conta a sua dimensão física mas também a mental, a social e a espiritual.

Qualquer mudança legislativa que venha a permitir aos médicos terminarem intencionalmente com a vida de doentes, mesmo após o pedido voluntário e reiterado destes últimos, põe em risco a missão e propósito da medicina e das ciências da saúde, e a própria ética e deontologia profissionais. Levará também, inevitavelmente, a uma degradação da relação médico-doente, do SNS e dos cuidados paliativos, que tanto carecem de investimento e apoio.

A Associação Cristã Evangélica de Profissionais de Saúde tudo fará para se opor a uma lei injusta e iníqua e apela ao veto presidencial.

22 de fevereiro de 2020

Imigração Ilegal

600 438 Aliança Evangélica Portuguesa

Na sequência da notícia divulgada hoje em vários meios de comunicação social, indicando como suspeitos três alegados Pastores Evangélicos a exercer funções numa igreja na cidade da Amadora da prática de crimes de imigração ilegal e tráfico humano , a Aliança Evangélica Portuguesa vem apresentar o seu repúdio por toda e qualquer prática de auxílio à imigração ilegal e tráfico humano. Apresentamos também a disponibilidade da nossa organização à colaboração com os órgãos de polícia criminal quanto à denúncia de situações similares.

Infelizmente a prática de tais crimes ocorre com frequência em Portugal sendo vítimas muitos cidadãos brasileiros e de outras nacionalidades, que necessitam de cuidado e amparo que é possibilitado por muitas igrejas e associações membros da Aliança Evangélica Portuguesa. Infelizmente também, esse apoio prestado por vezes pode ser mal interpretado pelas autoridades, como se fosse motivador da imigração ilegal, quando na verdade é apenas o auxílio humano a pessoas em dificuldade. Desconhecemos por completo o que se passou no caso relatado apenas podendo afirmar que a igreja, na qual os alegados pastores visados alegadamente fazem parte, não é membro da Aliança Evangélica Portuguesa.

Consideram-se desadequadas as notícias de manchete evocando a atividade de Pastores Evangélicos, uma vez que essa atividade nada tem a ver com os crimes e por causar um alarme social quanto à prática Evangélica, religião minoritária em Portugal e que em nada favorece ou motiva a prática dos crimes evocados.

Alerta-se ainda os meios de comunicação social e os cidadãos em geral para se certificarem se a entidade religiosa está inscrita na Aliança Evangélica Portuguesa como forma de distinguir as igrejas evangélicas reconhecidas por esse organismo em Portugal das não reconhecidas. Para o efeito poderão consultar o site em https://aliancaevangelica.pt/site/igrejas/

Respostas dos Evangélicos à problemática da Violência Doméstica

1280 862 Aliança Evangélica Portuguesa

Data da reunião com a Secretária de Estado: 19 de março de 2019.

No seguimento da reunião com a Dra Rosa Monteiro, Secretaria de Estado para a Cidadania e Igualdade, sobre “Violência Doméstica”, aqui ficam algumas notas do trabalho que a Aliança Evangélica Portuguesa (igrejas e organizações nossas associadas) têm vindo a desenvolver no respeitante à Prevenção, Sensibilização e Combate à Violência Doméstica, bem como respostas às vítimas e respetivas famílias:

 

  1. Transmissão de valores de respeito pela pessoa, amor e não violência nas várias classes, desde o pré-escolar até aos idosos.
  2. Formação para os relacionamentos no namoro, noivado e casamento, na prevenção e resolução de conflitos;
  3. Intervenção em situações de conflito conjugal em fases iniciais, antes de se tornarem mais graves.
  4. Intervenção em situações de violência doméstica, protegendo as vítimas, salvaguardando a presunção de inocência, recomendando a denuncia às autoridades e aconselhando pastoralmente as partes.
  5. Ativação das respostas sociais internas através de IPSS da Aliança Evangélica ou de outras organizações especializadas consoante os casos.
  6. Pretendemos também dar formação especifica a pastores e líderes sobre as formas corretas de intervenção perante o conhecimento de situações de violência doméstica.

 

Seguem também algumas das organizações evangélicas que têm feito trabalho direto ou indireto nestas áreas de intervenção:

 

1- ABLA – Associação de Beneficiência Luso-Alemã

Casas de Transição em Sintra / Cascais

A ABLA, entre muitas outras valências de apoio social, tem duas Casas de Transição que, não sendo uma resposta de emergência como as casas abrigo por exemplo, são para estadias temporárias para mulheres em situação de vulnerabilidade social: ex-reclusas, vítimas de violência doméstica, refugiadas, entre outras.

A Casa da Âncora situa-se na freguesia de Colares, no concelho de Sintra e tem capacidade para 4 mulheres com ou sem filhos (máximo de 2 filhos por mulher);

A Casa do Farol situa-se na freguesia da Parede, no concelho de Cascais, tendo também capacidade para 3 mulheres com ou sem filhos (2 quartos com cama com gavetão e um quarto com cama de solteiro e um beliche).

O objetivo é o acompanhamento das mulheres durante o período de estadia, na procura ativa de emprego, inscrição no centro de saúde, centro de emprego, integração dos filhos em equipamento escolar. Após encontrar emprego, acompanhamos na procura de alternativa habitacional (quarto ou casa).

O tempo máximo de permanência são 9 meses, excecionalmente prorrogado até 12, caso se justifique.

Parceiros sociais: CPCJ Cascais, CPCJ Sintra Oriental e Ocidental, CMS, CMC, IPSS do concelho

Contactos:

210533892

marta@abla.org

www.abla.org

 

2- Associação “Coração com Vida”

Igreja Baptista das Caldas da Rainha

Intervém no âmbito do combate ao isolamento e à solidão, na prevenção do suicídio e da violência doméstica. Nesse sentido, desenvolve aconselhamento especializado, realização de eventos sobre temáticas relevantes, dinamização de espaço de encontro e convívio e implementação de projetos de intervenção na sociedade, gerando uma rede de relacionamentos interpessoais (comunidade) e interorganizacionais (parcerias).

Horário de funcionamento do espaço de convívio e aconselhamento: De 3ª a 6ª Feira, das 14h00 às 18h00.

Contactos:

Rua do Montepio Rainha Dona Leonor, 2, 2500-253 CALDAS DA RAINHA

262 144 503

coracaocomvida@gmail.com

https://www.facebook.com/CoracaocomVida/

Presidente da Direção: Paulo Francisco (contacto: 963420014)

 

 

 

3- ACRAS (Ass. Cristã de Reinserção e Apoio Social)

Lisboa

Serviço de Apoio Domiciliário, Refeitório Social, Centro Comunitário (incluí apoio escolar), Gabinete Jurídico, café-Convívio, Lares de Idosos (Almeirim) e dispõe ainda de uma equipa de intervenção direta junto de populações toxicodependentes e respetivas famílias.

Ao nível de respostas diretas para Vítimas de Violência Doméstica, existe um projeto submetido na Câmara Municipal de Lisboa, para atribuição de fogos habitacionais para (também) intervir nesta área. No entanto, ainda não atribuídos os respetivos apartamentos. Espera-se que tal aconteça até ao final de 2019, para então disporem também de algumas “Casas Abrigo”.

 

Contactos:

Rua Botelho de Vasconcelos, Lote 560 1º e 2º. 1950-045 Lisboa

 218 056 101 / 925 964872

www.acras.pt

 

4- ABMAV (Ass. Beneficiência Manancial de Águas Vivas)

Sintra / Cascais / Oeiras

Além de outras valências socias, a ABMAV tem recentemente começado a investir em Grupos de Conversa Terapêutica e no Gabinete de Psicologia onde potenciais vítimas de agressão ou até mesmo agressores podem encontrar apoio psicológico, espiritual e emocional com vista à sua restauração interior.

Ainda na área da prevenção e sensibilização, periodicamente realizam-se palestras, dinâmicas e workshops vocacionadas para a prevenção da violência, nomeadamente de divorciados, crianças, idosos e pessoas sós (como é o caso de mães solteiras). Incluí ainda a produção semanal do programa de rádio “Ponto de Encontro”, transmitido na Web Rádio Transmundial e em algumas FM.

 

Contactos:

Estrada de Polima, 609, 27805-303 S. Domingos de Rana

937733180 / 967986360 

danigujral@hotmail.com

angela.proenca@gmail.com

 

 

5- ACEDA – Ass. Cristã Evangélica de Apoio Social

Assembleia de Deus de Almada

Estrutura de apoio à população que procura a resolução das problemáticas sociais, sendo o seu âmbito de ação o território nacional com forte implantação nos concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra. Desenvolve actividades de integração e reintegração social de forma a promover o bem-estar das pessoas beneficiárias da sua acção.

Respostas Socias: Equipas de Ruas, Colónias de Férias, Apoio Alimentar, Escola de Música e Loja Solidária. Temos constituído parcerias, nomeadamente com o Desafio Jovem, CLASS, CLASA, NPISA, AMI, UMAR, ACRAS, Hospital Garcia de Orta, Grupo Sócio Caritativo de Almada, Comissão Social da União das Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas.

Relativamente prevenção, sensibilização e combate à violência doméstica a Aceda procura minimizar esta problemática social trabalhando com crianças e jovens em risco realizando anualmente Colónias de Férias.

Estas Colónias foram concebidas com o intuito de oferecer às crianças e adolescentes que apresentam situações de risco social, como abandono, maus tratos, abusos sexuais e outros, a oportunidade de usufruírem de um tempo de muito divertimento, brincadeiras e lazer e ao mesmo tempo promover o estimulo ao desenvolvimento socio-afetivo, cognitivo e prevenir comportamentos desviantes através de atividades especificamente planeadas para essa finalidade.

Também apoiamos as mulheres e seus filhos com roupas, calçados, material escolar, entre outros bens de primeiras necessidades por meio da Loja Solidária, numa parceria direta com a UMAR.

 

Sede Social:

Rua União Piedense, 33 A e B

Cova da Piedade, Almada 2805-251

 212 509 153937734775

Email: aceda.ipss@gmail.com

 

6- Exército de Salvação

Além de outras respostas sociais, o Exército de Salvação tem um Centro de Alojamento para a Pessoa em Situação de Sem Abrigo, situado na Rua da Manutenção, n.º 7, em Xabregas, que dá resposta a 65 homens e a 10 mulheres a partir dos 18 anos, que se encontrem em situação de sem abrigo.

Algumas das situações de senhoras que o Exército de Salvação acolhe têm como problemática principal a violência doméstica, no entanto são acolhimentos temporários, pois tentamos que seja apenas uma resposta de emergência, na medida em que a tipologia e dinâmica institucional não são as mais indicadas para estas situações (camaratas, horário de funcionamento das 17h às 9h e haver espaços comuns para homens e mulheres).

O Exército de Salvação tem ainda um Centro de Acolhimento para Crianças em Risco, em Sintra. Neste Centro acolhemos crianças de ambos os sexos com idades compreendidas entre os 3 meses e os 12 anos (total de 14 crianças) que foram retiradas às famílias pelos Tribunais, Comissões de Proteção de Crianças e Jovens ou pelas Equipas de Crianças e Jovens da Segurança Social, devido a situações de maus-tratos, abandono ou negligência.

Parceiros: Segurança Social (através de Protocolo de Cooperação), Câmara Municipal de Lisboa e de Sintra, Junta de Freguesia e Comissões de Proteção de Crianças e Jovens.

Contactos da Sede:

Rua Capitão Roby, n.º 19

1900 – 111 Lisboa

 21 780 29 30

www.exercitodesalvacao.pt

7- Centro de Apoio à Vida

Atendimento e acompanhamento de grávidas e puérperas do concelho da Amadora, nomeadamente mães solteiras com crianças até 2 anos.

Contactos:

Rua 5 de Outubro, 7 A/B, 2700-197 Amadora

 214989903 / 215989900 / 914027684 / 968701213

cav@ovigilante.pt

rtma@ovigilante.pt

 

 

8- Programa de Rádio “Mulheres de Esperança”

O RTM Mulheres de Esperança faz parte da Rádio Transmundial (Trans World Radio), e procura levar a esperança de Jesus às mulheres de todo o mundo e através das gerações.
O programa de rádio/áudio Mulheres de Esperança, existe em Portugal há 12 anos. tem a duração de 30 minutos e une a sabedoria prática e o ensino espiritual direcionando-o às mulheres. Os temas são baseados na Parentalidade, Casamento, Tendências e Necessidades.

 

Respostas Práticas: Entre outros temas, tem sido abordado o da “violência doméstica”, mas também de situações que possam estar interligadas como: a manipulação emocional, enfrentar os medos, abuso, abuso sexual, rejeição, isolamento, violação, vergonha, auto-mutilação, suicídio, violência familiar, dor e consolo. tivemos também como convidadas para falar acerca destes temas, Psicólogas, Sociólogas e também testemunhos na primeira pessoa. Sempre com o objetivo de levar esperança e encorajamento à mulher.

 

Como ouvir o programa: Através da Rádio Transmundial online ou da APP, e ainda através do nosso canal no Youtube – Mulheres de Esperança Portugal. Estamos também presentes nas redes sociais Facebook e Instagram.

Em Portugal pode ser ouvido em 11 rádios FM de norte a sul do país e em 2 rádios FM Internacionais.

 

Contactos:

Rádio Transmundial de Portugal – +351 211 581 128

808 201 932 (linha azul)
geral@radiotransmundial.org
Coordenadora Nacional do Mulheres de Esperança – Sónia Simões (966828202)
sonia@radiotransmundial.org

 

 

A Aliança Evangélica dispõe de outras organizações de Apoio Social que, de forma indireta, poderão também ter alguma forma responder a necessidades que surjam nesta e noutras áreas, nomeadamente Lares de Idosos e de Crianças / Adolescentes.

Saiba mais em: http://www.aliancaevangelica.pt/areareservada/organizacoes.php

 

 

Aliança Evangélica Portuguesa

Avenida Conselheiro Barjonas de Freitas

16B, 1500-204 Lisboa

217710530

geral@aliancaevangelica.pt

www.aliancaevangelica.pt

O Que Aconteceu à Política na Europa?

1280 800 Aliança Evangélica Portuguesa

Este mês, toda a Europa vota para os membros do Parlamento Europeu, serão os representantes dos cidadãos europeus no Parlamento Europeu. Porque motivo este assunto interessa aos cristãos evangélicos? A Aliança Evangélica Europeia elaborou uma série de documentos dentro de um projecto com o nome “ ISSACHAR PROJECT

Os diferentes movimentos e partidos políticos tentam chamar atenção sobre si e sobre as suas ideias, e a direção da AEP defende que o conhecimento e a reflexão são indispensáveis em momentos de constante mudança como este que vivemos. Cabe a cada um de nós usar a sua influência, usar o seu voto, independentemente de qual seja e fazer uma avaliação e auto análise, de acordo com as escrituras.

Este documento que podem fazer o download aqui é um documento traduzido da Aliança evangélica Europeia e a Aliança Evangélica Portuguesa promove a disseminação do mesmo.

Clica aqui para ver documento completo
https://drive.google.com/open?id=1YDQay2z_cvQ1DNUj_lsqvoNPKclPR6Nq

A direção da AEP

Política Europeia – Julia Doxat-Purser

1280 800 Aliança Evangélica Portuguesa

Representante sócio-política e Coordenadora da Liberdade Religiosa da EEA (Aliança Evangélica Europeia).

Por toda a Europa, os partidos políticos estão a tornar-se mais extremos nos seus programas e na sua retórica. Porquê? será que conseguem escapar à rejeição do eleitorado? Porque é que a Europa e as próprias nações estão tão divididas?

Ao longo dos anos, o comunismo dominou a maior parte do centro e do leste do continente Europeu. Com a queda do muro de Berlim, muitas dessas nações tiveram como objetivo tornarem-se mais semelhantes ao “Ocidente”, aderindo à União Europeia[1]. Entretanto, o Ocidente aproxima-se cada vez mais de um liberalismo secular, com o capitalismo globalizado, confiante de que todos iriam entender que esta ideologia era inquestionavelmente superior e, por isso, iria permanecer na maioria dos países do continente europeu.

Esta suposição estava errada.

Estamos a testemunhar novas ondas de política de esquerda e direita que questionam o que tem sido assumido anteriormente. Culpam “a elite” por esta mudança social e / ou económica que deixa as pessoas ressentidas. Tanto os novos movimentos políticos, como os antigos, competem por votos, identificando-se contra o “outro”. Normalmente fomentam a raiva, a queixa e o medo, e oferecem soluções simples. As pessoas escolhem o seu lado, onde se posicionam. Os cristãos fazem o mesmo

Deveriam os cristãos proceder de outra forma?

A Aliança Evangélica Europeia (EEA) desenvolveu o Projeto Issachar para pesquisar junto de outros parceiros, para entender os tempos e saber o que fazer (1 Crónicas 12:32). Como parte disso, a EEA elaborou uma série de documentos, sendo cada um deles  a perspectiva do autor sobre quatro ideologias diferentes que estão a dividir a Europa, as nações, as comunidades e até algumas igrejas – Secularização, Populismo da Esquerda, Nacionalismo e Dogmatismo dos Valores Liberais. A EEA manifesta um agradecimento a Rosemary Caudwell, Manuel Suarez e David Landrum pelas suas contribuições.

A EEA espera que estes documentos permitam que os líderes cristãos reflitam sobre os nossos tempos difíceis e consigam discernir como eles mesmos podem capacitar outros a resistir às muitas tentações dessas ideologias, expor e desafiar os ídolos e perigos das mesmas, para sinceramente intercederem pela sua nação e pelo seu continente e para serem cidadãos envolvidos e cheios de esperança, oferecendo a Boa Nova de Jesus Cristo.

Há coisas boas nas quatro ideologias e os cristãos podem apoiar diferentes perspectivas, embora, às vezes, umas mais que outras: a paixão pela liberdade e os direitos humanos ou a justiça social ou amor pela cultura ou a preservação e promoção do casamento heterossexual ou ainda proteger os membros do ataque da comunidade LGBTI[2].

Os documentos mostram que cada uma das quatro ideologias pode tornar-se intolerante e até um perigoso ídolo. Manuel Suarez menciona exemplos de líderes de esquerda que chegam a acreditar que eles já não são meros seres humanos. A história adverte-nos sobre o iminente desastre quando o poder e a adulação estão centrados num qualquer líder político.

Como é que, em democracia, se podem desenvolver a intolerância e o potencial desastre político ?

O artigo de David Landrum explica-nos; estamos a testemunhar uma “Mudança Climática Cultural”, uma mudança generalizada dos valores judaico-cristãos. “A democracia só funciona onde esses valores permanecem centrais, quando nos lembramos que todos os seres humanos são criados à imagem de Deus, onde o perdão, a misericórdia, o auto-sacrifício e a veracidade permitem o florescimento de todos e onde há autodisciplina para temperar a liberdade. Sem estes, a democracia é simplesmente a regra da maioria, e isso pode-se tornar a regra da máfia”.

Estas ideologias são expressões de populismo?

Depende de como se define populismo. Rosemary Caudwell cita a definição do Oxford English Dictionary: “apoia as preocupações das pessoas comuns”. As suas preocupações foram ignoradas, sejam elas austeridade ou imigração, globalização ou perda de soberania nacional. Manuel Suarez observa que “populista” é muitas vezes um rótulo que as pessoas dão aos outros, mas raramente escolhem para si mesmos. David Landrum dá a definição dos média mais liberais: “populismo é o código liberal educado para xenofobia e fanatismo”.

alguns defensores do liberalismo secular, do aborto ou dos direitos LGBTI não se consideram populistas. Muitos populistas chamar-lhes-iam a elite que precisa de ser desafiada. E, no entanto, o liberalismo secular e o dogmatismo dos valores liberais exibem algumas características comuns do populismo que todos os documentos revelam. Estas são as tendências:

  • dividir o mundo em dois campos, “nós e eles”,
  • ser intolerante com todos os que não se conformam com a sua linguagem e agenda politicamente corretas,
  • tentar suprimir a dissidência,
  • manipular a verdade e a linguagem para fins políticos, em assuntos como identidade de um homem ou uma mulher, ou o impacto real sobre uma nação de imigração muçulmana ou a história de Manuel Suarez de um partido de esquerda que se convenceu de que estava a ajudar em vez de manipular, ajudando os idosos a irem votar.

As quatro ideologias estão sempre em oposição umas às outras?

Não. Há sobreposição. O liberalismo secular pode ser encontrado em partidos políticos de todo o espectro, especialmente na Europa Ocidental. No entanto, a esquerda radical nunca concordará em apoiar o capitalismo tecnologizado. Os direitos LGBT+ são frequentemente apoiados pelos liberais seculares e pela esquerda, mas os populistas de direita também os apoiam às vezes como, por exemplo, Geert Wilders, na Holanda. Proteger a nação é uma prioridade para a direita, mas o SYRIZA, partido de esquerda na Grécia, virou a sua guerra para o combate à dívida nacional, em defesa de uma nação versus a União Europeia.

A situação é sombria. É ilusório acreditar que os cristãos podem fazer a diferença?

A intercessão tem sempre impacto e, antes de podermos interceder, precisamos de aumentar a nossa compreensão do que está a acontecer, mantedo-nos informandos. David Landrum lembra-nos que a política e a democracia têm os seus limites; não devemos transformá-los em ídolos, esperando que eles resolvam tudo. No entanto, também nos lembra do imperativo bíblico de nos envolvermos com as autoridades, entender o seu papel aos olhos de Deus, agir como cidadãos-modelo, respeitando, mas também desafiando, porque a nossa primeira lealdade é para com o Senhor Jesus Cristo. David Landrum prossegue explicando a importância de os cristãos apresentarem uma visão alternativa positiva e cheia de esperança para a sociedade. Se nos pedem para orar e nos envolvermos, então certamente podemos confiar que o Senhor irá agir e fará a diferença.

Pode ser tentador apenas ler sobre a ideologia a que nos opomos. Ou talvez queiramos ler sobre a teoria política que tendemos a favorecer porque estamos curiosos para ver que críticas recebe. No entanto, a leitura de todos os documentos revela como cada ideologia influencia e se alimenta de outra. Como David Landrum referiu: “A esquerda precisa do direito de justificar as suas queixas. A direita precisa da esquerda para justificar os seus medos. Ambos são idólatras.” Cada movimento político conquista seguidores inquestionáveis procurando, em grande parte,  manipulá-los para acreditarem que o outro lado é totalmente errado e desprezível. “Pós-verdade”, “notícias falsas” e reclamações dos média surgem, à medida que a imaginação das pessoas permite que elas acreditem que nada é de muito baixo nível para o outro lado fazer ou dizer.

O que os cristãos devem fazer?

Comecemos por tentar entender cada ideologia e orar. E então devemos começar por nós mesmos, examinando honestamente as nossas suposições, atitudes e prioridades, incluindo como encaramos aqueles de quem discordamos. Rosemary Caudwell lembra-nos que, assim como muitos europeus estão a envolver-se com políticas de ideologia de género, os cristãos precisam ser diferentes, entendendo que nossa ideologia está em Cristo.

Tendo examinado a nós mesmos, devemos então, através de uma lente bíblica,  considerar aqueles em quem colocamos a nossa confiança política.

Os cristãos têm de abandonar a maioria dos partidos políticos?

Sal e luz são necessários tanto em festas como em movimentos, para preservar o que está errado, para mostrar o caminho quando a escuridão se confunde. É vital que os cristãos desempenhem esse papel. Como Manuel Suarez explica, nenhum partido político pode ser perfeito numa perspectiva cristã. Como poderia ser, se são compostos de seres humanos falíveis? Mas há também o perigo de sermos seduzidos pela retórica, de nossa fé ser envolvida numa causa que não é bíblica ou de nos permitirmos ser cúmplices do que é profundamente não-bíblico. Chega uma hora em que devemos e temos de estar alerta, para saber quando nos devemos afastar, não mais apoiando ou permanecendo como membros de certos partidos.

Rosemary Caudwell lista algumas questões úteis que devem ser consideradas. Estas questões são repetidas aqui, mas com algumas palavras ou expressões adicionais e adaptações inspiradas por outros trabalhos.

  1. Como ponto de partida, temos uma compreensão adequada da nossa identidade em Cristo, que essa é a nossa lealdade primária? É nessa base que nos aproximamos da nossa cultura, nossa nação e nossa “filiação” política?
  2. Estamos certos de que o movimento ou partido que apoiamos não exige lealdade absoluta? A ideologia do partido é compatível com nossa principal lealdade a Cristo?
  3. Se um movimento político surgiu em resposta a um sentimento de injustiça ou opressão, ele identifica com precisão essas mesmas questões? Propõe uma solução viável e que contribua para o bem-estar de toda a comunidade? Ou cria uma sensação de vitimização, queixa e culpa contra outros grupos da sociedade ou contra certas instituições ou nações?
  4. Como é que o partido considera a verdade? Trabalha consistentemente para evitar falsidade ou exagero?
  5. Contribuirá para o florescimento humano, um respeito pela cultura e um senso de identidade e sentimento de pertença para todos nas nossas sociedades plurais?
  6. Respeita a democracia, a independência dos meios de comunicação social, os direitos de representação e o acesso à justiça para todos, incluindo aqueles que podemos desaprovar ou temer?
  7. A liderança do partido ou movimento está a tornar-se muito admirada ou muito poderosa, na medida em que é cada vez mais difícil desafiá-los?
  8. Compreende a importância da liberdade de religião ou crença para todos, incluindo a expressão privada, pública e individual e comunitária deste direito humano fundamental?
  9. Respeita os direitos e necessidades das minorias e permite que elas participem da sociedade?
  10. Defende o desenvolvimento económico sustentável e a proteção dos vulneráveis ​​e pobres? Está a negligenciar certas pessoas ou regiões?
  11. Respeita os direitos e a dignidade das comunidades de minoria e migrantes, ou procura explorar diferenças e tensões entre elas?
  12. Respeitará os direitos dos requerentes de asilo e incentivará a integração dos imigrantes?
  13. Tenciona construir boas relações com os países vizinhos e respeitar outras culturas?
  14. A oposição pode ser expressa? A centralidade da ideologia do partido está sobre as políticas que parecem problemáticas do ponto de vista cristão?

 

Que respostas tem o cristianismo para dar?

A crítica, por si só, e o desinteresse pela política não vão levar à mudança. A Europa está a sofrer e está confusa, à busca de identidade, estabilidade, valores sólidos e com significado. O Evangelho fornece respostas poderosas. Aqui estão apenas algumas das ideias de artigos de opinião ou de alguns jornais.

Manuel Suarez afirma com ousadia que os evangélicos são a “pedra no sapato” do populismo. Como somos herdeiros da Reforma e acreditamos no sacerdócio de todos os crentes, sabemos da importância da livre investigação da verdade, da separação da Igreja e do Estado e da resistência excessiva ao poder centrado nos indivíduos. Entendemos a importância da responsabilidade e coragem que são necessárias para falar da verdade com poder.

Temos de nos lembrar que todos são feitos à imagem de Deus, com valor infinito. Mas também todos pecamos. A salvação é apenas por causa da graça e fé. Portanto, podemo- nos opor às ideias de “eles e nós” e agir como construtores de pontes e como reconciliadores. Podemos procurar tirar a amargura do debate público. Temos um ministério para ajudar indivíduos e comunidades a lidar com seus medos e mágoas de maneira saudável. E somos chamados a defender e cuidar dos mais vulneráveis, mesmo aqueles que a sociedade despreza.

Que visão os cristãos podem oferecer?

David Landrum responde a essa pergunta: a Europa precisa de uma visão bíblica e cheia de esperança sobre como pode melhorar o dia a dia. Há e haverá outras contribuições que os evangélicos podem dar. Por exemplo, Manuel Suarez lembra-nos da importância de basear a sociedade numa sociedade civil desenvolvida, e não na burocracia. David Landrum escreve sobre uma praça pública civil, uma visão que a Aliança Evangélica Europeia defende há vários anos. Um local onde os direitos, responsabilidades e respeito permitem que as pessoas vivam juntas com suas diferenças mais profundas. É onde “há liberdade máxima para o Evangelho ser proclamado e vivido, e no qual há o máximo respeito por todos que aceitam ou rejeitam as reivindicações da cruz”. Numa praça pública, as pessoas são livres para serem elas mesmas. mas entendem a necessidade de serem bons vizinhos daqueles que vivem ou acreditam de forma diferente. As nossas nações e continente estão a separar-se porque não sabemos como reconciliar as diferenças que existem e existirão no futuro. Uma praça pública é essencial para que as nossas sociedades se unam.

A forma como a visão pode funcionar  é explicada na Carta Global de Consciência, escrita pelo sociólogo evangélico Os Guinness, com contribuições de outros, incluindo EEA e Heiner Bielefeldt, ex-relator especial da ONU sobre Liberdade de Religião. Não se trata de comprometer os distintivos de cada um. Como afirma o Artigo 14, “… há sempre a responsabilidade de encontrar um terreno comum entre as diferenças sem comprometer as diferenças que realmente importam.” Em vez disso, ele inclui valores judaico-cristãos na sociedade, esperando que todos respeitem os outros e sejam guardiões dos seus próprios direitos, bem como os nossos próprios.

O desafio final de David Landrum para nós é que os evangélicos priorizem a liderança pública que nos está a inspirar, equipando e alimentando os evangélicos em papéis de liderança em todas as esferas, onde eles podem servir, mas também podem desafiar e falar em esperança.

Depressão ou esperança?

Este conjunto de documentos têm como alvo informar-nos, mas poderemos ficar deprimidos se não nos lembrarmos de quem é o Senhor da história. Nosso Deus ri daqueles que conspiram contra Ele (Salmos 2: 4) e reduz a nada os governantes deste mundo (Isaías 40:23). Nada pode impedir que o Seu Reino cresça até que seja plenamente cumprido no final dos tempos. Ele chama a Sua Igreja para desempenhar o seu papel em demonstrar sinais deste Reino, para interceder e ser cheio de esperança. A EEA acredita que esses documentos podem apoiar e apontar os cristãos para uma vida envolvida na política com esperança.

Aliança Evangélica Europeia.

[1] Antes de Dezembro 2009, Comunidade Económica Europeia

[2] Lésbicos, Gays, Bi sexuais ou Trans ou inter-sexuais

 

Autoria: Julia Doxat-Purser
Representante sócio-política e Coordenadora da Liberdade Religiosa da EEA (Aliança Evangélica Europeia)

 

 

Sri Lanka – Carta da Comissão da Liberdade Religiosa

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Exmo. Senhor Presidente da Direção da Aliança Evangélica Portuguesa,

A Comissão da Liberdade Religiosa manifesta o voto de sentidas condolências pelos atentados ocorridos no último Domingo de Páscoa e durante a sua celebração e que atingiram inúmeros cristãos que nelas participavam.

A Comissão expressa a sua solidariedade para com as Comunidades Evangélicas no Sri Lanka e o seu profundo pesar pelas vítimas atingidas por actos tão cobardes.

A Comissão apresenta os seus melhores cumprimentos a toda a Comunidade Evangélica.

 

José Vera Jardim
Presidente da Comissão da Liberdade Religiosa

Tomada de Posição Sobre o Ataque em Christchurch – Nova Zelândia

1280 800 Aliança Evangélica Portuguesa

A Aliança Evangélica Portuguesa (AEP) manifesta a sua tristeza e indignação face ao ataque terrorista levado a cabo em Christchurch na Nova Zelândia, por indivíduo que assim pretendia, em nome de uma pseudo “supremacia branca”, matar muçulmanos em duas mesquitas.

Apelamos aos cristãos evangélicos que orem:

  • Pelas famílias para que possam sentir a paz de Deus;
  • Pelos líderes religiosos que cuidam dos que estão em sofrimento;
  • Pela união do Corpo de Cristo contra o ódio e a violência :
  • . Que Deus possa derramar a Sua misericórdia sobre todos.

Continuamos preocupados com o crescimento de uma cultura de ódio, que não só marginaliza minorias como encoraja violência contra os diferentes de si próprios. Apesar de muitas vezes discordarmos no que respeita à fé, opiniões e tradições, cada pessoa é criada por Deus e tem uma dignidade que merece ser respeitada.

Jesus Cristo chamou-nos para sermos pacificadores pelo que não podemos ficar em silêncio sempre que e onde o ódio ou a violência sejam promovidos.

Vamos Orar e Apoiar o Povo Venezuelano!

1256 620 Aliança Evangélica Portuguesa

Ainda há pessoas a morrer de fome e de qualquer doença por falta de alimentos e medicamentos.

Eventos tristes em toda a fronteira Colômbia/Venezuela. Dois camiões, que transportavam ajuda humanitária muito necessária, foram queimados e outro roubado.

Um casal de missionários norte-americanos que moram em Cucuta, Colômbia deram informações reais, do que eles viram ao vivo:

“Algumas das caixas foram resgatadas por pessoas, passando-as de mão em mão de volta aos armazéns. Aqueles que tentaram implorar por misericórdia, aos guardas que, em linhas, bloqueavam a estrada, foram atacados com gás lacrimogéneo e, noutros casos, com balas de borracha (uma pessoa perdeu o olho e 285 ficaram feridas). As pessoas respondiam atirando pedras do rio seco. As 4 pontes naquela área foram palco de batalha.

O presidente interino conseguiu chegar na tarde do concerto de sexta-feira, juntamente com os presidentes da Colômbia, Chile e Paraguai, bem como  o chefe da OEA (Organização dos Estados Americanos). Eles expressaram grandes esperanças de conseguir passar a ajuda para um país de famílias famintas, moribundas e desesperadas. Até agora isso não foi possível. No confronto, 63 militares venezuelanos conseguiram entrar na Colômbia e afirmaram a sua lealdade ao presidente interino.

O ditador declarou vitória, fez um discurso incendiário, dizendo que ele é mais duro que a madeira e que os diplomatas colombianos devem partir imediatamente. Dançou na frente do seu séquito. As fronteiras estão fechadas, mesmo a fronteira com o Brasil, onde 2 indígenas foram mortos.

Existe uma grande tensão. Muitas igrejas em muitos países estarão orando muito. Obrigado por se juntar a nós em oração.

Na confiança e Paz do Senhor, o nosso Salvador,

Gilberto e Aurora

Missionários da MEVIC e Global Children’s Network

Meninos, Meninas e as novas Leis de Ideologia de Género – Iolanda Melo

900 675 Aliança Evangélica Portuguesa

“Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher (…)?” (Mateus 19:4)
(Artigo Retirado do Boletim Ecos, da APECP, Nº 124 (Abril/Maio/Junho 2018)

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No passado dia 13 de Abril, o Parlamento Português aprovou a nova lei que permite a mudança de género no registo civil aos 16 anos, mediante um requerimento, sem necessidade de apresentar qualquer relatório médico, tendo apenas que apresentar a autorização dos pais. Cabe agora ao nosso Presidente da República apreciar o diploma, podendo assim vetar ou promulgar. Neste compasso de espera pela reposta do Chefe do Estado, como pais e educadores cristãos que somos, não podemos deixar de sentir a nossa consternação com esta lei.
A Lei de Deus ensina-nos que no princípio de todas as coisas, Deus criou o mundo e tudo o que nele há, criando assim os seres humanos e estabelecendo os dois sexos biológicos e/ou géneros: macho e fêmea (Génesis 1:27; 5:2).

Sendo a lei promulgada, esperam-se tempos ainda mais complicados para os nosso filhos e alunos que crescem de acordo com os valores bíblicos: partilharão as casas de banho com alunos do sexo oposto, verão meninos vestidos de meninas e vice versa, a Educação Sexual não terá bases científicas, pois será feita com base numa ideologia, Ideologia de Género, que defende que ninguém nasce homem ou mulher, e que tais conceitos seriam apenas construções sociais que nos foram impostos (independentemente do sexo com que se nasce, a pessoa pode construir o género que desejar: homem, mulher ou outro género, negando assim a sua identidade corporal).

Porque deve o adolescente de 16 anos poder decidir a sua identidade sexual, quando biologicamente já está determinada? Porque decidir numa etapa do seu desenvolvimento em que ainda não atingiu a maturidade neurológica que lhe garanta a maturidade psicológica para tomar decisões importantes?

 

Se aos 16 anos muitos ainda não conseguem escolher a área de estudo ou a profissão que terão no futuro; é proibido beber bebidas alcoólicas, conduzir um carro ou votar, como pode ser possível tomar uma decisão destas e ainda sem o devido acompanhamento dos profissionais de saúde?

Somos os primeiros e principais educadores dos nossos filhos e não podemos permitir que as instituições e o Estado retire-nos o direito que temos sobre a educação que desejamos dar aos nossos filhos, direito esse que a nossa constituição nos confere (artigo 36, nº5 “os pais têm o direito e o dever de educação e manutenção dos filhos.”) e que está também expressamente referido na Declaração Universal dos Direitos do Homem (artigo 26º, parágrafo 3 “os pais têm um direito prioritário de escolher a espécie de educação que será dada aos seus filhos”). A constituição refere o papel do Estado nesta matéria: “cooperar com os pais na educação dos filhos” (artigo 67º).

O Estado deve cooperar e não substituir! É direito dos pais decidir a educação religiosa que pretendem que os filhos assistam na escola, bem como escolher a educação sexual que será feita aos filhos e em que moldes esta acontecerá no plano da educação escolar.

 

Esta visão ideológica contrasta com a visão bíblica:
“E criou Deus o homem à sua imagem e semelhança: à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.” (Génesis 1:27).

 

Foi Deus que estabeleceu os dois géneros para a humanidade, masculino ou feminino e não contemplou “outros géneros” possíveis. A partir destas duas dimensões estabeleceu a célula básica da sociedade: a família, criada a partir de um homem e de uma mulher. A Identidade Sexual ou a consciência de que somos seres sexuais, é uma parte importante na formação da Identidade e influencia profundamente a imagem e a perceção que temos de nós próprios e os relacionamentos que estabelecemos com os outros, englobando 4 aspetos:

1º Sexo Biológico – é determinado pela informação genética, no momento da conceção, pela combinação cromossomática, classificando as pessoas como homens ou mulheres, machos ou fêmeas. Seis semanas depois, desenvolvem-se os órgãos genitais, marcando a diferença na anatomia reprodutora e que permitirá a diferenciação do corpo masculino do feminino, bem como do Sistema Nervoso Central – cérebro do menino terá diferenças do cérebro da menina, influenciando o seu comportamento na infância – os meninos terão interesses de meninos e meninas buscarão interesses mais femininos.

2º Identidade de Género – Convicção que o indivíduo tem de ser um homem ou uma mulher e que corresponde ao sentimento individual de masculinidade/feminilidade do ponto de vista biológico, social e psicológico. Esta consciência que se tem do próprio género aparece entre os 3, 4 anos, com a identificação da criança com o progenitor do mesmo sexo. A ausência do progenitor (ou de um modelo de referência) no quotidiano da criança pode gerar perturbações neste processo.

3º Papel Sexual Social – Expressão do papel feminino ou masculino em função do comportamento que a sociedade espera de cada sexo: comportamentos, atitudes e traços de personalidade designados socioculturalmente como masculinos/femininos. As brincadeiras, as roupas, os modelos de atitudes e comportamentos de referência terão um papel importante no desenvolvimento da Identidade de Género e do Papel Sexual.

4º Orientação Sexual – É o que indica para onde se dirige o desejo sexual da pessoa (heterossexual ou homossexual). Surge após a puberdade e no processo de definição da orientação Sexual e os valores, os princípios, a educação, a exposição a modelos de referência e a religião têm uma poderosa influência.

A melhor forma de vencermos a Ideologia de Género, e os seus avanços na nossa sociedade, é criarmos filhos com uma Identidade saudável, bem alicerçada nos valores e princípios bíblicos; sermos modelos positivos e estarmos bem envolvidos na vida dos nossos filhos para podermos ajudá-los a lidar com as mudanças dos tempos.

 

Lisboa, 1 de Maio de 2018.
Iolanda Melo, APECP

Aliança Evangélica Mundial (WEA) expressa tristeza por ataque à sinagoga em Pittsburgh e pede orações para as famílias afetadas

1280 720 Aliança Evangélica Portuguesa

Nova York, NY – 28 de outubro de 2018

A Aliança Evangélica Mundial (WEA) expressa a sua tristeza pelo trágico evento em Pittsburgh, Pensilvânia, onde um atirador matou onze fiéis numa sinagoga. Bp Efraim Tendero, Secretário Geral e CEO da WEA, emitiu a seguinte declaração:

Estamos muito preocupados com o que aconteceu na Sinagoga da Árvore da Vida neste fim de semana e oferecemos as nossas sinceras orações de compaixão e apoio às famílias dos mortos, à congregação local e à comunidade judaica como um todo.

Pedimos que todos os crentes ao redor do mundo orem especificamente:

  • Pelas famílias, aqueles que perderam entes queridos experimentem a paz de Deus;
  • Pelos líderes da Árvore da Vida e da comunidade judaica, que têm de cuidar o sofrimento existente;
  • Para que o corpo de Cristo seja unido a todas as pessoas de boa vontade contra o ódio e a violência;
  • Que Deus possa mostrar misericórdia para com todos.

Estamos preocupados com a cultura cada vez mais polarizada e cheia de ódio em muitas nações e regiões do mundo que não apenas marginaliza as minorias, mas chega a encorajar a violência contra aqueles diferentes de si mesmos. Acreditamos que, embora às vezes possamos discordar das pessoas em questões de fé, opinião ou tradição, todas as pessoas são criadas por Deus e têm dignidade inerente que merece respeito. Jesus chamou-nos para sermos pacificadores e, nesse espírito, chamamos as pessoas de fé e qualquer pessoa de boa vontade a não permanecer em silêncio, mas a falar onde o ódio ou a violência são encorajados.

 

 

Fonte: www.worldea.org
Tradução: Luís Calaim
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