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Mulheres

Momentos Preciosos

737 491 Aliança Evangélica Portuguesa

Dei comigo a caminhar para o refeitório, pensativa. Estava numa Conferência, a que tinha vindo com muitos outros jovens como eu, num ambiente tranquilo e animado de Verão, e reflectia sobre aquilo que ouvira na sessão da manhã.

O orador acabara de nos deixar um convite que tinha tanto de inesperado como de aliciante. Dissera que quem quisesse falar com ele em particular poderia ter essa oportunidade a seguir ao almoço, numa sala que nos indicou.

Apreciara muito o que ele partilhara connosco e poder conversar com ele parecia-me uma oportunidade incrível! Nunca antes vira um orador internacional abrir-nos essa possibilidade. Contudo, ao entusiasmo veio-se misturar alguma insegurança. O convite despertara também os meus receios pessoais. O que pensaria quem me visse a dirigir-me para lá? Iriam imaginar-me como uma pessoa “cheia de problemas”, frágil? Deveria ir ou não?

Sentei-me à mesa e fui comendo e pensando. A certa altura, no meio daquela teia de ruminações, surgiu uma ideia que me agradou porque me pareceu conciliar a vontade de ir com a minha insegurança… Sim, depois do almoço eu iria caminhar na direcção da tal sala onde ele iria estar. Iria assim “como quem não quer a coisa”, como se estivesse apenas a passear por ali, e logo avaliaria o que sentiria no momento, se deveria entrar ou não, se estaria alguém a observar ou se poderia acontecer discretamente.

Confortável com o plano que traçara, terminei a refeição. Depois levantei o tabuleiro da mesa, fui colocar no lugar certo, e saí do refeitório. Caminhei em direcção à sala e, ao aproximar-me, tive uma surpresa! Rapidamente descobri que, de facto, não precisaria mais de me preocupar com a decisão de ir ou não falar com o orador. Eu não teria essa oportunidade. A fila à porta da sala era longa! Ali estavam muitos jovens, à espera do seu momento, certamente único, de falar pessoalmente com aquele orador!

Não me senti triste, talvez por não ter sido um plano muito vincado em mim. Fiquei, sim, impressionada. Tanta gente, como eu, a precisar de falar e de se sentir ouvida! Aquela imagem acompanhou-me para sempre.

Muitos anos são decorridos desde aquele dia mas a necessidade mantém-se, na generalidade: precisamos de nos sentir ouvidos e aceites.

Há conteúdos que ora se agitam em nós, ora parecem atenuar-se, mas que precisariam de ser falados para ser saudavelmente processados. Por serem situações nossas, são sentidas com uma intensidade própria e adquirem naturalmente uma densidade emocional que facilmente pode traduzir-se num amontoado de pensamentos que, quantas vezes, atrapalham mais do que esclarecem, como um nevoeiro confuso, que dificulta o discernir de um caminho ou até nos oferecem uma sensação de encurralamento, como se não houvesse saída.

Nem todas as pessoas têm maturidade ou recursos pessoais para conhecer as nossas dores. Não deve ser para elas o nosso desabafo.

Outras há que, reconhecendo-lhes idoneidade para acolher os nossos conteúdos mais delicados, poderão estar a viver um momento pessoal exigente/desgastante e, por esse motivo, não têm em si espaço emocional para oferecer ao nosso desabafo.

Por vezes também acontece ser menos confortável fazê-lo com familiares ou no círculo de amigos, pela grande proximidade. Aquele orador desconhecido, vindo de outro país, trazia consigo essa distância que também se tornara atraente, por certo.

Na verdade, há pessoas capazes de tomar a nossa carga e, de forma sábia, caminhar connosco e ajudar-nos a descobrir caminho. Como diz um provérbio antigo: “Os lábios do justo apascentam a muitos.” (Provérbios 10:21)

Criar oportunidades de conversar e partilhar é uma verdadeira bênção. São momentos que Deus pode usar para nos fazer sossegar, para curar feridas e desenhar caminho diante de nós. E nesse apoio se cumpre o que há de mais precioso: “Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo.” (Gálatas 6:2)

Bertina Coias Tomé

Psicóloga

Especialista em Psicologia Clínica e da Saúde e em Psicologia Comunitária

As artesãs do tabernáculo

960 640 Aliança Evangélica Portuguesa

No livro de Êxodo, nos capítulos 31 e 35, encontramos o relato da projeção da construção do tabernáculo, que é extraordinário. Convido-a a fazer uma leitura atenta dele e certamente será abençoada. Por vezes estes capítulos passam-nos um pouco ao lado porque a distância cultural dificulta a nossa perceção. No entanto, este é um texto rico em detalhes tão importantes para nós.

No capítulo 31, Deus apresenta a Moisés o seu projeto de construção do tabernáculo. Deus era o arquiteto que havia projetado uma obra tremenda cujo propósito era habitar com Sua presença no meio do povo. Ele é Deus de perto e não de longe e apesar de todo o pecado que afastava o povo de Deus, Ele mesmo projetou um plano de aproximação e revelação da Sua glória. Contudo, Deus queria que o seu projeto fosse concretizado pelo Seu povo, por mãos e recursos de homens limitados, mas sobrenaturalmente capacitados por Seu Espírito. Que graça constrangedora!

“O Senhor lhes deu habilidade especial (…)” (Êxodo 35:35)

Deus escolheu os artesãos mais talentosos de entre o Seu povo e os encheu com o Seu Espírito,  dando-lhes sabedoria e perícia para os trabalhos artísticos. Haviam alguns com um reconhecido talento para os trabalhos artesanais. No entanto, para além desse talento natural de alguns, Deus conferiu ainda habilidades especiais a todos os artesãos para que pudessem participar na concretização deste Seu projeto.

Quando Moisés foi convocar o povo para a realização desta obra, ele convidou a todos aqueles que tinham um coração generoso a darem dos seus recursos, talentos e habilidades para juntos cooperarem na obra do Senhor. A Palavra de Deus diz que “todos os que tinham o coração disposto, tanto homens como mulheres, vieram e trouxeram suas ofertas para o Senhor.” (Êxodo 35:22)

Não se tratava apenas de uma questão de talento ou habilidade. Era preciso ter um coração disposto e almejante por dar de si. Fossem homens ou mulheres, todos estavam incluídos no projeto, na missão. O projeto de Deus seria realizado com muitos ou com poucos mas só os de coração disposto poderiam ser participantes da grande missão de Deus de trazer o céu à terra.

E as mulheres não quiseram ficar de fora, pois diz que “todas as mulheres sábias de coração fiavam com as suas mãos, e traziam o que tinham fiado, o azul e a púrpura, o carmesim e o linho fino. E todas as mulheres, cujo coração as moveu em habilidade fiavam os pêlos das cabras.” (Êxodo 35:25,26) Que Deus tremendo, que olha e procura por corações dispostos, que capacita e chama todos os que querem ser participantes!

Se temos realmente corações dispostos para “construir” o reino, qualquer uma das nossas habilidades glorificará o Rei. Juntos estamos envolvidos no mesmo projeto, sendo cada um capacitado pelo Espírito de Deus para com distinção cumprirmos a nossa missão.

Homens e mulheres em Israel estavam envolvidos na grande obra que traria a habitação da presença de Deus entre os homens, mas aquele tabernáculo era apenas um símbolo que apontava para Jesus – “o verdadeiro tabernáculo”.

“E o verbo se fez carne e “ tabernaculou” entre nós” (João 1:14). Não precisamos mais de “construir” um tabernáculo físico pois o verdadeiro tabernáculo já veio em Jesus, manifestando a glória de Deus. Ele subiu aos céus, mas através do Seu Espírito, que o Pai enviou, somos feitos morada de Deus, onde a Sua presença se manifesta. Qual é então nossa missão? Somos chamadas a “construir tabernáculos”. Sim, Deus tem um projeto de construção, de fazer morada nos corações de homens e mulheres. O projeto é D´Ele, a missão é D ´Ele mas Ele conta com “artesãos” dispostos. Homens e mulheres que por meio de suas habilidades e capacitados pelo Seu Espírito possam preparar o terreno, levantar as estacas e montar a tenda no coração dos homens para que Ele possa vir e habitar.

Que sejamos como as artesãs do tabernáculo que se dispuseram e usaram a sua habilidade para que o projeto de Deus fosse concluído, a presença de Deus manifesta e a Sua glória revelada.

Sara Rosa

Missionária em Cabo Verde

LEMBRAR UM AMIGO

740 493 Aliança Evangélica Portuguesa

Aquele foi um dia extraordinário: o homem saiu da prisão! Imagino-o a correr pela estrada, de novo, e a sensação de liberdade a envolvê-lo, num conforto inexplicável, como uma brisa de Primavera. Abraçar a esposa e os filhos, rever amigos, voltar a dormir na sua cama, a alimentar-se melhor, num ambiente feliz…

Ah, e não perdera o seu precioso emprego. Voltava ao ambiente requintado do Palácio, onde retomava as suas funções, com o sabor de vinhos caros a chegar-lhe aos lábios, como copeiro. Tantas emoções juntas, tantos rostos e situações a chamar a sua atenção!

E, neste turbilhão de entusiasmo e actividade, perdeu-se um detalhe importante. Esqueceu-se de um amigo que ficara para trás. Sim, ainda na prisão, José pedira-lhe que falasse nele a Faraó, para que considerasse a possibilidade de ser libertado. Contudo, “o copeiro-mor, porém, não se lembrou de José, antes se esqueceu dele.” (Génesis 40:23).

Provavelmente, já sucedeu com todos nós. Na corrida do dia-a-dia, no dissabor ou no entusiasmo de momentos, algum amigo ficou esquecido lá atrás, algures no tempo.

Este copeiro seria a pessoa chave na história de vida de José, capaz de fazer a ponte com Faraó, mas esqueceu-se dele. Contudo, o plano de Deus não deixou de se cumprir, pois Ele criou circunstâncias que levaram o copeiro a, dois anos depois, lembrar-se de José. E refere-se a esse lapso com consternação: “Então o chefe dos copeiros disse ao Faraó: “Hoje me lembro das minhas faltas.” (Génesis 41:9)

No plano de vida que Deus tem para nós, Ele usa pessoas como chave para abrir portas. E não só as escolhe mas promove circunstâncias que as levam a pensar em nós.

Por outro lado, também nos faz lembrar amigos antigos. Recordo-me que os meus pais levavam muito a sério as pessoas que lhes vinham à mente, e o telefonema acontecia, indo ao seu encontro no momento oportuno. Quantas vezes assim foi!

Assim, esta passagem bíblica pode conduzir-nos a dois pedidos de oração:

“Senhor, lembra-me de pessoas para quem poderei ser canal da Tua bênção neste tempo. Conheces cada vida em detalhe e as necessidades de cada um. Se há alguém que ficou esquecido e a quem deverei ajudar, traz-me à mente e dá-me sabedoria para que eu seja realmente um apoio dirigido por ti.

“Senhor, traz o meu nome à mente de alguém que nesta altura possa ser usada(o) por Ti em meu favor, numa área em necessidade. Uma porta que se abra, mediante o contacto de alguém que pensou em mim, no leque infinito de possibilidades de sermos bênção na vida uns dos outros.”

E, neste movimento de lembranças e ajudas, assim se cumpre o mandamento de Jesus: “Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” S. João 15:12.

Bertina Coias Tomé
Psicóloga, Especialista em Psicologia Clínica e da Saúde e Psicologia Comunitária

Aproveite a oportunidade

960 488 Aliança Evangélica Portuguesa

“A vida é feita de oportunidades”, ouvimos regularmente. Até parece que vivemos meio à deriva, à espera de encontrar uma boa oportunidade, ao acaso, para alcançarmos algo que desejamos, ir a um lugar onde nunca fomos, ou adquirir um bem que de outra forma seria impossível de ter.

Mas… E quando surge a oportunidade de impactar a vida de alguém, conhecendo ou não essa pessoa, num impulso natural de beneficiar o outro sem esperar nada em troca?

Acredito que Deus coloca em nós esse sentido de oportunidade e não, nunca é aleatório, pois Deus, que dirige a nossa vida, cria as oportunidades certas e os desejos certos no nosso coração.

Hoje deixo aqui um testemunho breve de alguém que aproveitou uma oportunidade (por acaso é a minha mãe) para abençoar a vida de uma estranha, alguém que nunca tinha conhecido e provavelmente nunca voltará a ver. Contudo, aproveitou a oportunidade e fez o que sentiu no seu coração. Aqui está:

“A pensar que hoje foi um dia agitado, finalmente chegámos a casa já em cima das 20 horas. Tive uma consulta de Reumatologia no hospital Sta. Maria e quem era o médico? O mesmo que na sexta-feira passada o meu marido consultara, na mesma especialidade. Muito atento, muitas perguntas, muitos esticões e mais exames e medicamentos. Antes de sair de casa, senti levar comigo o meu livro “Minha história Meus poemas”. Hesitei, mas levei-o.

Já sentada na sala de espera, perguntava-me: Porque é que trouxe o livro? Vou oferecer a quem? Ao meu lado, sentou-se uma senhora talvez de 40 anos, alta, magra. De máscara, é difícil identificar e não nos olhámos de frente. Continuei inquieta: Deus, a quem vou dar o livro? Se essa senhora falar contigo por qualquer motivo, é esse o sinal.

Um tempo depois a senhora levantou-se e perguntou se eu olhava pelos seus pertences que ficaram na cadeira. Fiquei mais nervosa… Quando a senhora voltou, peguei no livro e numa caneta e perguntei: “A senhora gosta de ler?” Um pouco hesitante, respondeu: “Sim, gosto”. Perguntei, então: “Posso oferecer-lhe um livro?” Acenou com a cabeça num gesto que interpretei como um sim e perguntei-lhe o nome. “Chamo-me Ana”. Escrevi uma pequena dedicatória e entreguei.

“Não trouxe os óculos, mas um pouco ao longe consigo ler”, disse timidamente.

Expliquei-lhe: “É um pouco da minha história de vida, desculpe a simplicidade, ofereço com carinho.” Começou a ler. Passados uns 10 minutos, abriu a mala à pressa e tirou um lenço para enxugar as lágrimas. Pouco depois, saiu a indicação para a consulta dela, agradeceu e não a vi mais.

Interessante o que o nosso Pastor tem falado acerca do que devemos arriscar no que sentimos ser de Deus, mas eu tenho sempre muito medo. Semeei e agora fica nas mãos do Pai.” Carlota Roque

No dia seguinte, a minha mãe ligou-me e contou-me que já nem se lembrava que tinha escrito o número do telemóvel dela num canto de uma página do livro. Então a senhora enviou-lhe uma mensagem na qual agradecia o livro, contando que já tinha terminado a leitura e que tinha encontrado algo que há muito procurava e precisava: fé. A minha mãe ficou muito feliz. Ela disse-me que, de futuro, irá enviar algumas mensagens à senhora, quem sabe ela irá encontrar paz e segurança em Jesus.

Que oportunidades vamos aproveitar hoje?

Rute Lopes

Serve a Deus, com o seu marido, Pr. Samuel Lopes, na igreja em Vila Chã

O caminho para a liberdade financeira

960 640 Aliança Evangélica Portuguesa

Há muito que a escravidão foi abolida. Contudo, há uma escravidão oculta que aflige muitas famílias: a escravidão financeira. De facto, as estatísticas são alarmantes. As finanças têm impactado os nossos relacionamentos e a nossa saúde física e mental. Com tristeza, vemos cada vez mais famílias em stress financeiro e isso tem resultado em mais conflitos, divórcios e doenças.

É possível alcançarmos a liberdade financeira? Sim, há esperança. No entanto, primeiro precisamos entender o que é a liberdade e o que é a escravidão.  Um escravo não tem escolha na gestão dos seus bens. Ele trabalha apenas para sobreviver e para pagar os seus credores. No século XXI, o escravo é aquele que o seu salário já está destinado e não tem qualquer liberdade de escolha. Não tem oportunidade para usufruir e partilhar os seus bens com outras pessoas e não consegue poupar para os seus sonhos e objetivos. Acima de tudo, o escravo vive com medo dos dias de crise. A liberdade é o oposto. Quando somos livres financeiramente podemos tomar decisões financeiras sobre o nosso orçamento, sentimos paz em situações de emergência, podemos usufruir da alegria de dar e ainda definimos objetivos importantes para o nosso dinheiro. A liberdade financeira traz acima de tudo paz.

Como posso alcançar a liberdade financeira?

Há milhares de anos foi escrito um livro que contém tudo o que necessitamos para as nossas finanças pessoais: a Bíblia. Deus sempre esteve interessado na nossa vida financeira e o Seu desejo sempre foi que fossemos livres. Não fomos criados para sermos escravos e por isso, na Bíblia, encontramos muitos princípios financeiros para que vivamos uma vida financeira próspera. Buscar a liberdade financeira é fundamental e é um processo de aprendizagem para todos. Com toda a certeza, precisamos assumir o comando e o domínio sobre o dinheiro para que ele não se torne senhor e nos escravize. A questão é se dominamos ou se somos dominados.

Quais são os princípios bíblicos essenciais para ser livre?

  • Antes de mais, estabeleça um orçamento. À primeira vista, pode parecer algo limitativo ou trabalhoso mas é o oposto. Um orçamento provê informação e permite a liberdade de dizermos ao nosso dinheiro para onde ele deve ir. Jesus instruiu os seus discípulos a fazer um orçamento. (Lucas 14:28). Se não investirmos tempo em gerir o nosso dinheiro, depois vamos ter que descobrir para onde ele foi.
  • Viva com uma margem. A regra central para a liberdade financeira é gastarmos menos do que ganhamos. Abdicar de consumir no presente é um desafio mas produz frutos preciosos. Em Provérbios 21:20, o rei Salomão equipara a poupança a um ato de sabedoria. Uma margem produz menos ansiedade e mais paz.
  • Construa um fundo de emergência para estar preparado para os momentos difíceis. A nossa vida financeira é cíclica. José, governador do Egito, demonstrou sabedoria quando acumulou mantimentos nos dias de prosperidade para os dias de crise. Tenha uma visão de longo prazo e desenvolva o hábito de planear.
  • Não acumule dívidas. A Bíblia considera a dívida uma forma de escravidão. (Provérbios 22:7). Ela tem destruído famílias e tem tirado a paz de muitos. Quanto mais dívidas e prestações acumulamos, menos liberdade temos para gerir o nosso dinheiro. Portanto, viva dentro das suas possibilidades pois a paz vale mais do que qualquer bem temporário.
  • Desenvolva o contentamento, a gratidão e a generosidade. Estes pilares vão manter o nosso coração no foco certo. Quanto mais olhamos para as necessidades dos outros e somos gratos pelas bênçãos que já recebemos, menos vamos desejar o que não temos. O descontentamento precisa ser travado para que possamos usufruir livremente daquilo que nos é dado e também encontrar a satisfação nas nossas finanças.

Para finalizar, é crucial recordar o princípio central da nossa vida financeira: Deus é o dono de tudo e nós somos seus administradores. Recebemos a responsabilidade de gerir todos os recursos terrenos e precisamos procurar fazê-lo com excelência. O objetivo de termos liberdade financeira não é adquirirmos tudo o que queremos, pois isso iria levar-nos a uma espiral infinita de descontentamento e, em última instância, à falência. O objetivo é sermos livres para podermos servir melhor a Deus, cuidar da nossa família e estender a mão ao nosso próximo. O segredo está na ação e nunca é tarde para começar o caminho.

Se deseja aprender mais sobre finanças bíblicas, consulte o site www.gpsfinanceiro.com

Ana Bessa

Economista e fundadora do projeto GPS financeiro.

O quadro

960 540 Aliança Evangélica Portuguesa

Há largos anos, nos Açores, recebemos em nossa casa, num verão, dois amigos vindos de Barcelona. Foi um bom convívio.

Já em casa, reformados, fomos nós a Barcelona a convite deles – cinco dias fantásticos.

Não tenho jeito para desenhar, pintar, daí que gosto de apreciar o que não sei fazer.

Todas as manhãs daquele verão de agosto, um dos nossos amigos armava o cavalete e demais acessórios no espaço exterior da casa e todos os dias eu ia tentar perceber o avanço da obra que ele tinha em mente. Uma pincelada aqui e outra além, mantinha o segredo do artista.

Uma manhã, abri a porta e fiquei maravilhada. O pintor acordara cedo e partiu para os acabamentos, pensava eu. Uma cordilheira como fundo, um casario no sopé da mesma e árvores frondosas, mostraram-me um cenário maravilhoso.

No dia seguinte, lá estava ele de novo e perguntei: Então, ainda não está pronto? A mim, parecia-me que sim. Respondeu: “Os retoques são importantes e ontem não estavam cá.”

No tempo aprazado, os amigos partiram para a sua terra, mas o quadro ficou, como uma oferta fantástica.

Também é assim que Deus faz: vai desenhando a nossa vida não de uma forma abstrata, embora muitas vezes não entendamos os traços. Se deixarmos, Ele vai trazendo luz e cor para um propósito só Dele. Essa pintura, pode parecer ao princípio um “borrão” até que apareça algo bem definido e agradável.

Eu sinto que continuo a ser retocada, espero continuar a ser até ao dia em que me chamar para Si e aí, sim, a obra ficará completa nas mãos do grande Autor da Vida.

“Na verdade, toda a correção ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça, nos exercitados por ela.” (Hebreus 12:11)

Carlota Roque

Missionária aposentada

CUIDAR DOS QUE CUIDAM

1486 986 Aliança Evangélica Portuguesa

Quando penso neste tema penso, inevitavelmente, no cuidado que Deus teve para com as pessoas que cuidam na Bíblia.

Lembro a história de Noemi, que cuidou dos seus filhos e do seu marido, e, num país estrangeiro, onde tinha procurado o pão, a felicidade, a paz… perdeu os seus amados. Com grande amargura na sua alma quis voltar para a sua terra Natal, Belém a terra do pão. Noemi, perdera os seus amados, mas não perdeu o amor nem a misericórdia de Deus. Nunca perdemos. Ela, que tinha cuidado de tantos, agora chegara a vez de Deus cuidar dela. Deus colocou então no coração da sua nora, a moabita Rute, uma estrangeira, cuidar dela. “O teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus”. Acompanhou-a então por 80 km até uma terra que nunca conhecera. Rute, apesar de não ter crescido nas verdades do Deus de Israel, colocou em prática uma (ou mais) leis espirituais: Semear para colher, cuidar para ser cuidado, cuidar dos mais vulneráveis e experimentar o cuidado de Deus. Foi então que Rute, conheceu a maior transformação da sua vida. Cuidando da sua sogra, sem qualquer esperança de futuro, buscando alimentos para ela, ela própria foi cuidada por Deus, encontrando o amor da sua vida, Boaz, um terno e expressivo exemplo de Cristo.

Lembro também a tragédia da viúva de Naim. Em Lucas 7 diz que Jesus se moveu de íntima compaixão por ela. Pense nesta frase: nos últimos tempos, tem olhado para alguém e isso fá-lo mover-se de íntima compaixão, por essa pessoa? No seu interior, surge um desejo profundo de cuidar, de restaurar? Era isso que movia Jesus, e é isso que nos deve mover.

Jesus sabia que, para esta mulher, perder o marido, perder o único filho, significaria no futuro uma profunda carência emocional, financeira e social. Sujeita a descriminações, e sem suporte familiar, haveria pouca esperança para a mulher, além de viver na miséria. Mas Deus cuida dos que cuidam, e restituiu-lhe à vida o seu amparo, como um abraço do alto que revigora a alma.

A Viúva de Sarepta é mais um episódio que nos mostra o cuidado de Deus para com os que cuidam. Numa altura de fome, esta mulher e o seu filho só tinham um pouco de farinha e azeite. O profeta Elias desafia-a a fazer primeiro um bolo para ele, dizendo que depois, nunca haveria de se acabar o alimento para ela e seu filho. Porque haveria ela de acreditar? No entanto, sem qualquer outra esperança onde se agarrar, a viúva de Sarepta optou pela obediência, em vez da desconfiança. Cuidou do homem de Deus, do profeta, e Deus cuidou dela e do seu filho, durante aquele tempo de escassez, nunca lhes faltando alimentos.

Por última, quero referir a viúva dos filhos dos profetas, um episódio que se passou com o profeta Eliseu. A mulher ficara viúva, e o marido, havia deixado dívidas. Os credores queriam levar-lhe os filhos como escravos, deixando-a sem nada. Mas, mais uma vez o cuidado de Deus para com esta mulher que cuidou do seu marido e filhos, foi evidente e milagroso. O profeta disse-lhe que procurasse junto dos seus amigos e vizinhos tantas vasilhas quantas pudesse, pois o pouco azeite que ela tinha, iria ser suficiente para encher todas elas, pagar as dívidas e servir de sustento para os seus dias.

Vamos orar:

Senhor,

Ajuda-me a sempre ser cuidadora dos que estão ao meu redor. A ter especial atenção aqueles que cuidam de crianças, de idosos, de portadores de deficiência, de doentes. Ajuda-me a ver o seu desgaste, o seu cansaço, as suas impossibilidades, as suas lágrimas escondidas, os seus anseios calados, e a ser, como os profetas de Deus foram, como Jesus foi, cuidador destes.

Ajuda-me também a crer que, cuidando eu dos que cuidam, tu cuidarás de mim. Se semear, tu me ajudarás a colher, se me faltar tu proverás, se não for suficiente, tu multiplicarás, em nome de Jesus e para Tua glória.  Amém.

Elsa Correia Pereira
Socióloga

O bom encontro

427 240 Aliança Evangélica Portuguesa

Ele procurava alguém que não conhecia. Na verdade, nunca lhe vira o rosto, não sabia o nome, a morada ou mesmo a profissão. Sabia apenas que era uma mulher, que ele acreditava que existia numa determinada terra e que iria encontrar. Tratava-se de uma situação delicada e incomum, de facto.

Da parte da tarde, quando chegou a Naor, assim se chamava a cidade, começou a observar as mulheres jovens que vinham buscar água a um poço que ali existia. Estaria entre elas a mulher certa? E se estivesse, quem seria?

À procura de alguém

 E nós? Já alguma vez procurámos uma pessoa que não sabemos exatamente quem é? Sim, é possível que, na vida, já nos tenhamos confrontado com um desafio semelhante. Onde estará a pessoa certa para ter como uma nova e leal amiga? Para fazer parceria num projecto a desenvolver? Para uma iniciativa de voluntariado ou empresarial? Para aprender e ver promovido o desenvolvimento pessoal? Para namorar e casar? Para consultar num momento de decisão importante?

Incerteza e oração

Eliezer, assim se chamava este homem, procurava noiva para o filho do seu senhor, Abraão. Ali viera, por ordem sua, ambos na incerteza de se encontrar a mulher certa ou não. O próprio Abraão lhe referira, a certa altura: “Se a mulher, porém, não quiser seguir-te…” (Génesis 24:8)

E agora, ali está ele, a observar, sem direcção definida. O que fazer? Sim, ele sabe qual é a estratégia certa: começar a orar.

Aquele que tudo sabe, Criador dos céus e da terra, total conhecedor do íntimo de cada pessoa, é Quem poderá dirigir os Seus passos agora hesitantes. E diz-Lhe: “Ó Senhor, Deus de meu senhor Abraão, dá-me hoje bom encontro, e faz beneficência ao meu senhor Abraão! Eis que eu estou em pé junto à fonte de água e as filhas dos homens desta cidade saem para tirar água; Seja, pois, que a donzela, a quem eu disser: Abaixa agora o teu cântaro para que eu beba; e ela disser: Bebe, e também darei de beber aos teus camelos; esta seja a quem designaste ao teu servo Isaque, e que eu conheça nisso que usaste de benevolência com meu senhor.” (Génesis 24:12-14).

Um pedido

“Dá-me hoje um bom encontro”, pede ele ao Senhor! E propõe-Lhe uma pequena iniciativa sua, que se possa constituir como um ponto de partida: pedir água a uma daquelas mulheres.

Curioso é que, diz a Bíblia, ele ainda não terminado a oração quando chega àquele lugar mais uma jovem, que traz um cântaro ao ombro. Ele observa-a atentamente. Ela desce à fonte, enche o cântaro, e depois sobe. E aí é o momento de coragem e acção.  “Então o servo correu-lhe ao encontro, e disse: Peço-te, deixa-me beber um pouco de água do teu cântaro.” (Génesis 24:7)

A resposta dela é de grande amabilidade: “E ela disse: Bebe, meu senhor. E apressou-se e abaixou o seu cântaro sobre a sua mão e deu-lhe de beber. E, acabando ela de lhe dar de beber, disse: Tirarei também água para os teus camelos, até que acabem de beber. E apressou-se, e despejou o seu cântaro no bebedouro, e correu outra vez ao poço para tirar água, e tirou para todos os seus camelos.” (Génesis 24:18-20)

Eliezer observa, admirado e em silêncio, aquela azáfama de ir e vir do poço, e disponibilizar tanta água para si e para os seus dez camelos, e vai vendo desenhar-se um caminho. Sim, aquela poderá ser a mulher!

“E o homem estava admirado de vê-la, calando-se, para saber se o Senhor havia prosperado a sua jornada ou não”. (Génesis 24:21)

O conforto de um bom encontro

E a história continua no belo capítulo 24 do livro de Génesis, que se conclui com a união entre Isaque, filho de Abraão e a tal jovem Rebeca, dizendo:  “Assim Isaque foi consolado depois da morte de sua mãe.”  (Génesis 24:67)

Um bom encontro, proporcionado por Deus, que oferece consolo, perante um tempo de tristeza, de luto.

Acredito que ainda hoje Deus quer promover bons encontros. Momentos, de graça, entre-ajuda, generosidade, que se podem constituir como ponto de partida para algo maior.

À medida que a pandemia parece desvanecer-se, dando lugar a um tempo mais propício à proximidade, em que cenários de guerra geram inúmeros apelos ao acolhimento e a actos solidários, vamos disponibilizar-nos para bons encontros – oportunidades de partilharmos Quem Deus é em cada um(a) de nós!

Bertina Coias Tomé
Psicóloga, Especialista em Psicologia Clínica e da Saúde e Psicologia Comunitária

Ele não se importa de esperar

1480 986 Aliança Evangélica Portuguesa

Falava, há dias, com um homem que está a esforçar-se por dar um outro sentido à sua vida. Prepara-se para iniciar um programa em comunidade terapêutica, face ao quadro de consumo de estupefacientes que o tem dominado e empobrecido. Já anos antes deixara as “drogas” e conseguira inserir-se ao nível familiar e profissional. Agora, recaíra.

Contava-me o seu percurso de vida e, a certa altura, disse-me: “Quando a vida se desmoronou, a droga bateu-me à porta, de novo.” Depois de um silêncio breve, acrescentou: “A droga sabe esperar.”

Nunca tinha ouvido essa expressão e apontei-a: “A droga sabe esperar.”

É uma frase assustadora, como se aquilo que nos fragiliza não desistisse de nos perseguir.

Lembrei-me, então, de uma outra frase que ouvi num retiro, há um tempo atrás, proferida por um amigo. Começou por ler estas palavras de Jesus: “Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta.” (Mateus 5:23,24)

Depois, realçou o facto de Deus desejar tanto ver reconciliação entre nós que Ele não se importa de esperar pela nossa oferta. Sim, Ele aguarda, com agrado, que corramos para quem nos magoou ou a quem magoámos e construamos a paz entre nós. E Ele espera pacientemente o nosso regresso para que, então, lhe passemos para as mãos a nossa oferta. Ele não se importa de esperar, por querer tanto ver-nos unidos.

Acredito que existe muita reconstrução para acontecer em relacionamentos. Poderá ser delicada, difícil até, mas é sumamente agradável a Deus. E edifica-nos mutuamente, pois uma relação reconstruída é uma relação robustecida.

Um homem falava-me de uma droga que sabe esperar para, depois, destruir. Um outro falava-me de um Deus grande que sabe esperar para nos abraçar, depois de nos reconciliarmos com o nosso irmão.

As ofertas que temos para dar a Deus não têm que entrar em conflito com as questões que eventualmente nos têm afastado uns dos outros. Ele diz para darmos prioridade à reconciliação. Depois, a oferta terá uma beleza diferente diante do Senhor. E, entretanto, Ele não se importa de esperar…

Bertina Coias Tomé
Psicóloga, Especialista em Psicologia Clínica e da Saúde e Psicologia Comunitária

Proteger o coração

960 477 Aliança Evangélica Portuguesa

Este tema tem sido alvo de muitos comentários, avisos, a fim de percebermos se nós ou alguém perto, pode socorrer ou ser socorrido no caso de um acidente cardiovascular, já que o coração é um dos órgãos do nosso corpo que mais deve ser vigiado e cuidado.

Também devemos guardar o nosso coração de grandes emoções, como o stress e a ansiedade, sendo pacientes no sofrimento que de tantas maneiras nos pode atingir.  A ira e a contenda, são inimigos   que permitem que as batidas se agigantem, trazendo do mesmo modo efeitos negativos e perigosos.

Ainda dissertando sobre o nosso coração físico, recordo que, na fase adulta, foi-me diagnosticado o coração hipercinético, sempre mais acelerado que o normal e hoje tomo medicação diária para minimizar as batidas cardíacas.

Falamos do nosso coração como sendo o centro de todos os nossos sentimentos e é mesmo. A Bíblia Sagrada alerta-nos: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida” Provérbios 4:23. Dele, procedem decisões boas ou más, através das quais colhemos bons ou maus resultados.

Espiritualmente, podemos ter um coração enfermo, ou são; endurecido, ou quebrantado; incrédulo, ou crente. O pecado, é a maior doença que faz perigar o nosso coração e entristece Deus. Ele ama o pecador, mas abomina o pecado. Como está escrito em Ezequiel 36:26, se quisermos, diz-nos: “Vos darei um coração novo…tirarei o coração de pedra…e vos darei um coração de carne”. O maior e melhor cirurgião da história é Deus!

Talvez alguém motivado por circunstâncias adversas tenha feito uma afirmação que encontramos no Salmo 53:1 “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus”. Que insensatez, que incredulidade. Quando o desespero se instala, o melhor clamor é este: Deus, se tu existes, socorre-me, revela-te, mostra-te; este é um bom desafio, porque “…é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam” Romanos 11:6. Antes de fecharmos o coração, porque não fazer este apelo a quem nos ouve e responde?

Ele dá-nos um novo coração, uma mente renovada, uma fé alicerçada na Bíblia Sagrada. Depois disto, precisamos atentar para a Palavra no livro de Jeremias 17:9,10 “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração”.

Esta é uma análise dura mas tão verdadeira. Muitas vezes temos dificuldade em gerir a nossa nova vida em Deus. Enganoso e perverso, pode ser o nosso coração e sendo nosso, não nos apercebemos das armadilhas nas quais tropeçamos. Quem o conhecerá então? O Senhor Deus, quem nos criou. Ele esquadrinha, analisa minuciosamente o nosso interior com a Sua omnisciência e o que faz? Fala connosco.

Se conseguirmos ouvir a Sua voz: “Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado…” Salmo 34:18. Deste modo Ele se compadece, endireita as nossas veredas, cura as nossas feridas.

Atentemos para esta oração do rei David: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro…” Salmo 51:10 e a sua petição foi ouvida. Ele ouve também o nosso clamor. Porventura não conhecerá Deus isso? Pois Ele sabe os segredos do coração.

“Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu, em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo” II Coríntios 4:6.

Jesus veio viver entre nós para nos dar a conhecer o Seu Pai e nosso Pai. Morreu na cruz e levou sobre Si os nossos pecados e como algumas centenas de anos atrás profetas afirmaram, ressuscitou dos mortos e hoje está assentado à direita de Deus intercedendo por nós. Em Romanos 5:5 diz que “o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado”. Jesus voltou para o Pai, mas deixou-nos o Consolador que habita em todo aquele que confessa Jesus como Senhor.

Eu gosto muito dum versículo que está no Salmo 37:4: “Deleita-te também no Senhor e ele concederá o que deseja o teu coração”. Deleitarmo-nos no Senhor, é experimentar todas as Suas misericórdias, sermos gratos, obedecer-lhe, entre muitas outras coisas, deliciarmo-nos com a Sua presença graciosa, reconhecê-lo em todos os nossos caminhos e estarmos sempre perto, sabendo que ocupa todo o nosso ser e nos pode e deve ajudar em todas as decisões da nossa vida.

Esta é uma mensagem amorosa de Jesus para nós: “Não se turbe o vosso coração, credes em Deus, crede também em mim” João 14:1. Havia tanta interrogação nos apóstolos confrontados com o homem Deus; Não fiquem inquietos e como se usa hoje dizer, vai tudo correr bem. Creiam em mim, eu vim de Deus.

Hoje vivendo nós com tantas interrogações sobre o amanhã, o melhor é dependermos de Deus, cuidando do nosso coração físico e espiritual para que o Espírito Santo tenha a primazia nas nossas decisões, rejeitando todo o medo e incertezas, pois Ele está connosco sempre.

O meu coração hipercinético continua agitado, mas aquele coração que gera sentimentos e emoções, com os anos, tem encontrado tanto repouso e decidiu que é só Daquele a quem o rei Davi pôde orar: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me e conhece os meus pensamentos. E vê se se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno” Salmo139:23,24.

Carlota Roque

Missionária aposentada

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