“Ora, o Deus da paciência e da consolação vos conceda o mesmo sentir de uns para com os outros, segundo Cristo Jesus, para que concordemente e a uma voz glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.”
Romanos 15:5-6
A Aliança Evangélica Portuguesa congrega e representa perante terceiros os evangélicos portugueses, herdeiros da Reforma Protestante que tem as Escrituras como única regra de fé.
Os nossos membros: pastores e líderes das Igrejas Evangélicas, Igrejas e Comunidades Locais autónomas , Associações de cariz evangélica que apoiam as comunidades envolventes e igrejas assim como os Organismos de Cooperação de famílias de Igrejas fazem parte da nossa Federação.
Unir para Agir e Mobilizar para Transformar são lemas da Aliança
Declaração de Fé
- Cremos na existência de um único Deus eterno, pessoal, inteligente e espiritual, eternamente existente em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.
- Cremos na soberania e sabedoria de Deus na criação e sustento do Universo, na providência, na revelação e na redenção.
- Cremos no Senhor Jesus Cristo como Filho Unigénito de Deus e coexistente com o Pai, na Sua encarnação humana, no Seu nascimento virginal, na Sua vida sem pecado, nos seus milagres divinos, no Seu sacrifício redentor, na Sua ressurreição e ascensão corporal, na Sua mediação junto de Deus, na Sua segunda vinda pessoal, visível e em poder e glória.
- Cremos no Espírito Santo, sua personalidade, divindade e actividade, que opera a conversão e regeneração do pecador e lhe concede poder para testemunhar do Evangelho e exercitar dons.
- Cremos na inspiração divina e total das Escrituras Sagradas, na Sua suprema autoridade como única e suficiente regra em matéria de fé e de conduta e que não existe qualquer erro ou engano em tudo o que ela declara.
- Cremos que o homem foi criado por Deus à Sua imagem, que pecou em Adão, que caíu do seu primitivo estado de santidade por transgressão voluntária e que é actualmente um pecador por natureza e escolha, estando, por isso, sob a condenação de Deus.
- Cremos na salvação e justificação do pecador pelo sacrifício expiatório de Jesus Cristo, que se adquire pela fé Nele, como uma graça de Deus, independente do mérito humano, de boas obras ou de cerimónias.
- Cremos na imortalidade da alma, na ressurreição corporal de todos os mortos, no juízo final do mundo pelo Senhor Jesus Cristo, na eterna condenação dos não crentes.
- Cremos que a igreja é o corpo universal e espiritual de Cristo, cuja cabeça é Ele, com a missão de pregar o Evangelho no mundo inteiro e que, na sua expressão local, ela é um corpo vivo, uma comunhão de crentes congregados para a sua edificação, adoração e proclamação do evangelho. Cremos também que Cristo conferiu à sua Igreja, com carácter de permanência, duas ordenanças: o Baptismo e a Ceia do Senhor.
- Cremos que é dever de todas as igrejas locais e de cada crente em particular esforçarem-se por fazer discípulos em todas as nações e proclamarem a toda a criatura a grande salvação de Deus.
- Cremos que é dever de todo o cristão servir a Deus em boa mordomia, promover a paz entre todos os homens e a cooperação entre as igrejas e os irmãos, tendo em vista a concretização dos grandes objectivos do Reino de Deus.
Visão
A Direcção tem presente os objectivos da Aliança Evangélica Portuguesa e o conteúdo essencial do Plano Estratégico de 2003, que reconhece tratar-se de um documento válido em termos de identidade, imagem, visão e missão da AEP. Movidos pelo dever de honrar um passado que a todos dignifica, conscientes da vertente ministerial que a Aliança Evangélica Portuguesa implica e determinados a enfrentar os desafios que a sociedade contemporânea a todos coloca, a Direcção da AEP propõe-se dinamizar a sua acção nos seguintes aspectos:
- Promover a unidade do Corpo de Cristo em Portugal.
- Afirmar a doutrina e a ética bíblicas.
- Vincar a identidade histórica, doutrinária e ética dos cristãos evangélicos, segundo o texto bíblico como única regra de fé.
- Influenciar a sociedade nos planos cultural, político e social com a dimensão do espiritual.
- Coordenar os esforços dos membros nas áreas cultural, social, política e espiritual.
- Divulgar a mensagem cristã evangélica reforçando a sua procedência bíblica face às realidades do indivíduo e da sociedade, quer sejam espirituais, morais, éticas, culturais, políticas, etc.
- Informar a comunidade evangélica e a sociedade em geral sobre os projectos e actividades da AEP e da comunidade evangélica.
- Representar a comunidade evangélica perante o Estado e autarquias locais.
- Pugnar pelos direitos, liberdades e garantias da comunidade evangélica.
História
É uma associação que congrega e representa a quase totalidade das igrejas evangélicas em Portugal.
Foi organizada em 1921 sob a liderança do seu primeiro presidente, Eduardo Moreira, muito embora o seu estatuto legal só tivesse sido obtido em 1935.
Inicialmente constituída apenas por pastores e outros líderes das Igrejas Evangélicas, os seus grandes objectivos foram a luta pela pureza da Fé e da Doutrina Evangélicas, a luta pela liberdade religiosa e a abolição das discriminações de que os Evangélicos eram vítimas, relativamente à Igreja Católica Romana, que era e ainda é, a confissão dominante.Ao mesmo tempo a Aliança Evangélica Portuguesa constituiu-se como um ponto de encontro da liderança evangélica para debater e tomar posições sobre aspectos e temas relevantes da Comunidade Evangélica em Portugal nomeadamente as que diziam respeito à liberdade religiosa, tantas vezes ameaçada e comprometida pelos privilégios concedidos pelo Estado à Igreja Católica Romana e a perseguição que esta então move a todos que não professavam a religião oficial. A actuação da AEP neste aspecto ao longo dos anos, tem dado os seus resultados, bem patentes no enquadramento legal que pouco a pouco tem sido alcançado.
No campo da assistência social, teve uma acção destacada na crise dos “retornados” das ex-colónias, quando mobilizou e distribuiu apoios, em géneros e dinheiro, para os que chegavam sem nada.
Em meados dos anos 80 a Aliança Evangélica Portuguesa altera os seus estatutos, cria condições para um maior envolvimento das igrejas no seu organismo de representação, amplia as suas estruturas e dinamiza as suas actividades de âmbito colectivo e nacional.
No início dos anos 90 adquire uma nova dinâmica e intensifica a luta pelo reconhecimento oficial da identidade e dignidade da Comunidade Evangélica Portuguesa, a luta pela abolição das discriminações de que a mesma é vítima em diversas matérias, a luta pela eliminação das barreiras que ainda existem ao normal exercício da actividade das igrejas evangélicas. Luta e conquista o direito de ensinar a Religião e Moral Evangélicas nas escolas públicas, conquista o acesso à televisão Estatal, no âmbito do serviço público, e prossegue a luta para que o Estado reconheça formalmente a existência da “Confissão Cristã Evangélica” como a maior não católica romana e a AEP como o seu organismo de representação.
Contra “ventos e marés” e grandes resistências culturais e sócio-políticas algumas destas lutas foram, parcialmente, bem sucedidas, destacando-se a prolongada luta por uma Lei da Liberdade Religiosa.
A AEP congrega e representa a quase totalidade da comunidade evangélica, com um número de fiéis directamente envolvidos nas igrejas da ordem dos 250.000, exerce a sua influência num universo de 500.000 pessoas, tem cerca de 1.500 locais de culto espalhados por todo o Continente e Ilhas, possui cerca de 900 ministros de culto e outros líderes, conta com cerca de 2.000 quadros superiores, sócio-profissionais e empresários, possui 12 escolas de ensino teológico, conta com mais de 63 instituições de acção social, tem 306 turmas a funcionar em 241 escolas públicas da disciplina de Educação Moral e Religiosa Evangélica abrangendo um universo de 2000 alunos, tem dois programas televisivos, sendo um bi-semanal, no canal 2 da RTP, “A Luz das Nações” e o outro, “Caminhos”, transmitido ao 3º domingo de cada mês e exerce muitas outras actividades ligadas à promoção da fé cristã evangélica, à salvação dos portugueses e à valorização da vida humana.
A AEP coordena e dinamiza, também, projectos a nível nacional promovidos pelas igrejas e apoia-as, bem como aos seus ministros e outros líderes, em diversos aspectos da sua acção local.
É reconhecida pelo Estado como representante da Comunidade Evangélica Portuguesa e nessa qualidade mantém contactos institucionais regulares com a Igreja Católica Romana.
Está internacionalmente em íntima cooperação com as Alianças Evangélicas dos países da UE, integra a Aliança Evangélica Europeia e, a nível mundial, a Aliança Evangélica Mundial, com sede em Singapura.
Plano de Atividade