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AEP

Eutanásia – Comunicado Grupo de Trabalho Inter-Religioso|Religiões – Saúde

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Ainda no seguimento da recente aprovação no Parlamento da legalização da morte clinicamente assistida, partilhamos o Comunicado do Grupo de Trabalho Inter-Religioso|Religiões-Saúde, do qual a AEP também faz parte.

Juntos pela vida, dom de Deus!

Atordoados pelo tsumani provocado pela pandemia em número de mortos e infectados e incrédulos face ao número de ambulância que acorrem aos cuidados de saúde ficando horas e horas à espera de cuidados, às angústia das famílias e desespero de muitos doentes, à transferência de doentes para as ilhas e de iminente transferência para o estrangeiro, ao zelo e entrega dos profissionais na luta pela saúde e pela vida, apesar da falta de meios, da escassez de pessoal e do cansaço, eis que, sem os habituais holofotes da imprensa, sem solenidade e com sublime indiferença à realidade da cidade e do país, a maioria relativa dos deputados levou a Assembleia da República a oferecer aos portugueses uma lei para morrer (ou matar?), a eutanásia.

A pessoa humana é frágil e vulnerável. É próprio do homem amparar, acompanhar, curar e cuidar com compaixão o seu semelhante doente, vulnerável e frágil. Aquilo que a Assembleia ofereceu como saída à pessoa que sofre gravemente é a morte a pedido (por enquanto). O que esperar face às dificuldades no acesso aos cuidados de saúde, à pobreza, à grave insuficiência de cuidados continuados, à inexistência de uma rede de cuidados paliativos, ao depósito de idosos em muitos lares, às graves insuficiências do SNS? A ideologia ganha terreno à Ética e a política passou a ocupar-se também do morrer, tornando o futuro cada vez mais preocupante. Do niilismo moral, do relativismo ético e da indiferença individualista o que de humano e nobre poderemos esperar?  

Face àquilo que consideramos ser uma ruptura no dique da vida e um retrocesso civilizacional em função das ideologias do desejo:

  1. Reforçaremos o nosso empenho na proclamação dos valores da vida e na formação humana suportada pelos mesmos porque consideramos que cada ser humano é portador de uma dignidade intrínseca anterior a qualquer critério de autonomia, liberdade ou qualidade de vida e que não depende das fases da vida por que passa nem das suas condições, dos papeis sociais que desempenha nem da cultura a que pertence. Cada pessoa é, na verdade, única e irrepetível, insubstituível e necessária à sociedade de que faz parte. Não há vidas descartáveis. 
  2. Assumimos o desafio de uma maior proximidade aos doentes através do acompanhamento espiritual porque não somos indiferentes ao pedido de um doente terminal que pede para morrer. Sabemos pela experiência de acompanhamento compassivo que esse pedido é não só um grito suplicante por ajuda no controlo sintomático da dor, mas é também um pedido dramático de proximidade humana e um desejo de sentido espiritual. Por isso clamamos para que, no sistema de saúde, não nos impeçam de o fazer e que deste sejam retirados os entraves existentes.
  3. Continuamos a afirmar o princípio ético, ancestral e universal, “não matarás” porque acreditamos que a vida é um dom que recebemos de Deus, que tem um caracter sagrado e que uma finalidade última e por isso temos o dever de a cuidar até ao seu fim natural. O princípio “não matarás” conduziu a humanidade pelas vicissitudes da história até ao respeito pela vida e pela dignificação da pessoa humana, consagrando nos direitos humanos e nos códigos constitucionais da maior parte das nações, bem como nas grandes tradições religiosas o respeito pela vida própria e o respeito pela vida do outro. 

Lisboa, 30 de Janeiro de 2021

Aliança Evangélica Portuguesa

Comunidade Hindu Portuguesa

Comunidade Islâmica de Lisboa

Comunidade Israelita de Lisboa

Igreja Católica

Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Mórmons)

Patriarcado Ecuménico de Constantinopla

União Budista Portuguesa

União Portuguesa dos Adventistas do Sétimo Dia

Tomada de Posição da AEP – Eutanásia

768 432 Aliança Evangélica Portuguesa

A Aliança Evangélica Portuguesa afirma, mais uma vez, que a Vida é um valor inviolável. 

Num tempo em que tantos e tantos profissionais se dedicam de alma e coração a cuidar e a tratar, ultrapassando todos os limites físicos e emocionais, eis que uma maioria “tão frágil” na Assembleia da República aprova uma lei que não nos coloca no caminho do progresso, mas, muito pelo contrário, no caminho de práticas que nos envergonham. Portugal foi pioneiro na eliminação da pena de morte. E agora? Queremos ser dos pioneiros a consentir na morte provocada aos mais frágeis e sem alternativas?

Nas eleições legislativas, poucos foram os partidos que se apresentaram a eleições com a proposta de legalização da eutanásia. Por isso, muitos Cristãos que votaram nesses partidos que agora viabilizaram e aprovaram a eutanásia no parlamento, sentem-se enganados. Pelo que, manifestamos a nossa discordância com esta prática tão pouco democrática e desprestigiante da nossa política.

Acresce que, no decurso do trabalho desenvolvido na preparação do atual texto legal, muitos foram os organismos que apresentaram discordância com a aprovação desta lei, mas foram ignorados, tais como a Ordem dos Médicos, a Ordem dos Enfermeiros, o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, a Fundação Portuguesa pela Vida, entre outras, dos quais gostaríamos de destacar a declaração conjunta das principais religiões do Mundo com presença em Portugal, subscrita também pela Aliança Evangélica Portuguesa. A acrescer aos esforços de todos estes organismos, não podemos deixar de sublinhar que mais de 100.000 cidadãos assinaram a pedir um referendo sobre esta matéria, ou qual não foi aceite pelo Parlamento!

No mesmo dia em que o Parlamento decide renovar o Estado de emergência que obriga pessoas a fechar negócios, a usar meios de proteção, a deliberar a possibilidade de consentir a sua própria morte. Terrível paradoxo e incongruência que vivemos!

Como Aliança, convidamos os cristãos a orarem para que o Senhor Presidente da República, sensível a esta matéria, tudo faça para que uma lei com tão reduzida aceitação em Portugal não seja colocada em prática, assim como para que o Tribunal Constitucional defenda o princípio da inviolabilidade da Vida Humana, ao invés de defender a frágil autonomia de uma pessoa em sofrimento, tão permeável ao aproveitamento de interesses externos. 

A Aliança é muito sensível a todos os que se encontram em sofrimento qualquer que seja o seu estado atual. Acreditamos que tudo devemos fazer para prestar mais e melhores cuidados aos que sofrem e é para isso que serve o Sistema Nacional de Saúde. “Não matarás” e “primum non nocere” são Mandamentos Divinos e princípios hipocráticos, “juramentos” da bioética médica 

A Esperança, a Fé, o Amor e a Justiça devem constituir a matriz identitária do Cristão, valores que se consubstanciam na defesa e protecção da Vida.

Outros artigos relacionados com a Legalização da Eutanásia:

Juntos pela vida, dom de Deus!

SETE DIAS PARA ORAR E CUIDAR DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

2048 1074 Aliança Evangélica Portuguesa

Interceda em oração

Em plena pandemia COVID-19, em cada dia da semana, ore a Deus pelos profissionais que estão na linha da frente:


1. ORE POR CONFIANÇA NO SENHOR JESUS: Ore para que vão para o trabalho todos os dias com fé e não com medo. Ore para que confiem na soberania de Deus, no Seu amor firme e fidelidade e continuem a olhar para Jesus Cristo, o autor e aperfeiçoador da sua fé (Hebreus 12:2);

2. ORE POR OPORTUNIDADES PARA PARTILHAR O EVANGELHO: Ore para sejam a fragrância de Cristo na área da saúde neste momento de crise, para brilhar como estrelas no céu enquanto se agarram firmemente à palavra da vida (Filipenses 2:15). Ore pela ousadia para aproveitar ao máximo as muitas oportunidades para compartilhar a esperança e o amor de Cristo com pacientes e colegas;

3. ORE POR ALEGRIA: Ore para que a alegria do Senhor seja sua força (Neemias 8:10), especialmente estando rodeado de doença, morte, ansiedade, dor e desespero;


4. ORE POR FORÇA: Ore para que eles dependam da capacitação e da força do Senhor de que precisam todos os dias para cuidar dos doentes, e para que eles se lembrem que as misericórdias do Senhor são novas todas as manhãs (Lamentações 3:22-23);


5. ORE POR SABEDORIA: Ore pela sabedoria divina para que Cristo seja honrado nas decisões difíceis ao cuidar dos pacientes e alocar recursos (Provérbios 2:1-5);


6. ORE POR CONFORTO: Ore por aqueles que se sentem isolados, solitários ou separados dos seus entes queridos, especialmente após longos turnos; pela sua saúde mental – que encontrem conforto na Palavra de Deus, que procurem ajuda quando necessário, e que sejam apoiados e encorajados por outros cristãos (Salmos 119:9-16);


7. ORE PELA PAZ: Ore para que todos os dias, enquanto cuidam dos doentes neste momento de crise, eles experimentem a paz do Senhor que transcende toda a compreensão para encher seus corações e mentes em Cristo Jesus (Filipenses 4:7)


De que outras formas as igrejas, os amigos e família podem ajudar?

  • Conheça os horários e rotinas e a melhor hora para contactar e encorajar, por exemplo no final dos turnos;
  • Ofereça-se para fornecer refeições no final de longos turnos;
  • Ofereça-se para ajudar com tarefas práticas, como compras de supermercado;
  • Envie mensagens para lembrá-los de que está a orar por eles;
  • Envie mensagens para encorajá-los com a Palavra de Deus;
  • Ofereça um telefonema ou videochamada para apoio e oração para mantê-los ligados com a vida da igreja;
  • Esteja pronto para ouvir e criar um espaço seguro para reflexão sobre coisas que aconteçam no trabalho nesta fase difícil;
  • Fique atento a sinais de sofrimento emocional que possam exigir ajuda especializada;
  • Incentive a definir limites, permitindo o necessário descanso e recuperação.

Adaptado de https://www.cmf.org.uk/resources/covid-19-resources/

Foto: pexels-jonathan-borba-3279197

NOVO COMUNICADO: Suspensão dos cultos presenciais

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Pede-nos o Governo da República, através da Comissão da Liberdade Religiosa, que todos os cultos presenciais sejam suspensos nas próximas duas semanas.
Recomendamos a todas a igrejas que adoptem vias alternativas para a manutenção do culto comunitário.


A Direcção da AEP

Aviva-nos!

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Nos últimos quase 5 anos, tenho vivido numa casa com lareira. Sempre gostei imenso de ver uma lareira na sala, e mais ainda de sentir a sua companhia nos dias frios de Inverno. Contudo, durante todos estes anos nesta casa, apenas acendemos a lareira duas ou três vezes, e acabámos por desistir, pois revelou-se inútil nos seus propósitos.

Qual a utilidade de uma lareira apagada? Ela esteve sempre lá, imponente, ocupando um bom espaço da nossa sala, condicionando a decoração e a disposição dos móveis, mas apagada…

A razão de não usarmos esta lareira é óbvia: gastava imensa lenha e não aquecia o espaço, pois não tinha recuperador de calor. Colocávamos a lenha, e o fogo devorava a madeira antes que pudéssemos sentir o ambiente acolhedor do seu calor. Só nos aquecia se nos colocássemos quase dentro dela.

Bem, perante estas razões e aproveitando o facto de a casa estar a ser remodelada, decidimos destruir a lareira e colocar uma salamandra no seu lugar, aliás noutro lugar da sala, mais estratégico.

Durante quase 5 anos olhei para esta lareira, frustrada, porque, apesar de gostar de ter lareira, esta especificamente não me dava o que eu precisava. Algo que me podia ser muito útil, estava a ser um verdadeiro estorvo.

Dei comigo a pensar na lareira, e imediatamente veio um versículo à minha mente: “Aviva, Senhor a Tua obra, no decorrer dos anos…”. Encontra-se no livro do Profeta Habacuque 3:2. Quantas vezes tentámos acender a lareira e avivar o fogo de forma a que nos aquecesse, mas sem êxito. Sim, o fogo ateava e queimava a lenha muito rapidamente, mas não havia combustível que aguentasse um serão em família.

Sabemos que, na Palavra de Deus, o fogo é um símbolo do Espírito Santo. O Espírito Santo é uma Pessoa, é Deus, como o Pai e o Filho. E da mesma forma que uma lareira tem de ser bem construída para acolher e manter o fogo aceso durante várias horas de forma consistente, assim também nós fomos criados para acolher e manter aceso o fogo do Espírito Santos nas nossas vidas. De que serve sermos ateados esporadicamente, se logo o fogo se apaga por falta de combustível?

A oração do profeta revela um desejo ardente e urgente de ver em operação o trabalho de Deus na sua vida e na vida do seu povo, do povo que ele representava diante de Deus. Mas não um trabalho pontual, fugaz, limitado. O profeta desejava que algo mudasse de forma radical. Num mundo longe de Deus, desobediente à Suas Leis, ignorante da Sua misericórdia, Habacuque faz esta oração depois de ouvir da parte de Deus algumas declarações que o despertaram.

E o que isso tem a ver connosco? Muito! Tudo! Também eu me vejo a viver num mundo longe de Deus, tantas lareiras aparentemente úteis, mas apagadas. Mas há esperança. Podemos ser mais do que lareiras sem calor; podemos dar ouvidos ao Espírito Santo, o fogo de Deus que deseja arder em nós, tornar-nos úteis enquanto aquecemos outros, e o ambiente à nossa volta, não de forma pontual, mas de forma consistente; não de vez em quando, mas a cada dia.

Mas como fazer isto? O Espírito Santo habita em nós desde o dia em que convidamos Jesus, o Filho, para ser o nosso Senhor e Salvador, Aquele que nos pode perdoar os pecados. Depois é nutrir um relacionamento íntimo com Deus, o Pai. Passa por entregar-Lhe todas as áreas da nossa vida e ficarmos completamente rendidos a Ele. Aí, o Espírito Santo encontra liberdade para atear o Seu fogo em nós. Ao contrário de uma lareira, cuja lenha eventualmente acaba, o Espírito Santo jamais se extingue; o Seu poder é ilimitado. Primeiro, Ele transforma a nossa vida, queima o que não presta, e depois Ele aviva em nós a Sua obra, para que outros ao nosso redor sejam também ateados pelo seu fogo, pelo Seu poder!

E neste tempo de incertezas, e medos, que o fogo do Espírito Santo te dê coragem, ousadia e virtude para acenderes outras vidas com este calor de Deus. No ano de 2020 não pudemos, como igreja, levar a cabo as muitas atividades normais: conferências, retiros, cultos de avivamento… Eram momentos em que muitos eram cheios, avivados, as suas baterias recarregadas. Mas sem esses momentos, como manter o fogo do Espírito Santo em nós? Entramos na mesmice da rotina dos cultos, sem nada que nos ateie? Não! Este é o tempo de clamarmos a Deus: Aviva, Senhor a Tua Obra! Aviva o desejo de Te conhecer, ó Deus! Aviva o meu amor pelos outros, ó Deus! Aviva-me…

Afinal, a minha lareira teve uma utilidade: ela foi objeto desta parábola para me despertar e orar como Habacuque: “Aviva, Senhor a Tua Obra, do decorrer dos anos…”

Rute Lopes

Serve a Deus, com o seu marido, Pr. Samuel Lopes, na igreja Assembleia de Deus em Vila Chã.

Domingo 24 – Dia de Oração e Jejum por Portugal

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“Seja corajoso! Vamos lutar com firmeza pelo nosso povo e pelas cidades do nosso Deus. E que seja feita a vontade de Deus, o SENHOR!” I Crónicas. 19:13

Tempo de tomar uma posição! Este domingo, ao meio-dia, vamo-nos unir em oração pela nossa nação. Estás convocado!

Tendo em consideração o quadro nacional trágico que estamos a viver nestes dias e o aumento dos casos de infetados e mortes no nosso o país, todos estamos a sofrer com a pandemia do covid-19. Como Igreja, não o podemos ignorar e somos impelidos a tomar uma atitude e a interceder pela Nação, conforme a Bíblia ensina. Simultaneamente, as igrejas locais devem manter uma postura ativa de apoio solidário para com os mais necessitados.Portanto, Oração e Ação caminham juntas! Ao constatarmos isso, temos que nos posicionar. Sabendo que Deus não abandonou a Sua Igreja, mas requer dela um posicionamento.

Vamos separar um Dia de Oração e Jejum!

Que em cada igreja, em cada casa, seja separado o dia 24 de Janeiro para um tempo de oração e jejum, em favor da nossa Nação, das autoridades, da Igreja, das famílias, dos profissionais de saúde e das pessoas infetadas. Também a favor da nossa economia e, que todos em conjunto, possamos em concordância ao meio-dia clamar a Deus. (Salmos 91)

Devemos pedir ao Senhor que coloque um muro de proteção em volta desta nação, de cada lar e da Igreja. Por isso, e mais do que nunca, é importante que o povo de Deus da nossa nação se junte em oração, discernindo o tempo em que vivemos. Por isso o nosso clamor: “Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia de mim, porque a minha alma confia em Ti; e à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades” (Salmos 57:1)

O Senhor convoca-nos para este tempo especial para que, em unidade e intercessão, juntos possamos curvar-nos com o rosto em terra e humilharmo-nos diante do nosso Deus, para que Ele sare a nossa nação. Vamos atender a esta convocação do Senhor. Vamos posicionar-nos numa oração sincera para que nós, e nossa família e país, possamos todos experimentar uma visitação de Deus.

“….e se o Meu povo, que se chama pelo Meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a Minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então Eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.” (2Crónicas 7:14)

Que Deus vos abençoe, no Nome de Jesus.

Por uma nação coberta com oração;

Unir para Agir e Mobilizar para Transformar!

Pr. Samuel Fernandes
Coordenador da Assessoria de Oração da Aliança Evangélica Portuguesa

AEP apoia movimento de oração “Juntos Portugal”

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Depois da Semana Universal de Oração, continuamos a desafiar os cristãos evangélicos a estarem juntos em oração, desta vez através do movimento “Juntos Portugal”, de 23 de janeiro a 12 de fevereiro, que começa no distrito de Lisboa.


Trata-se de um movimento de oração e jejum, focado em unir a igreja para orar por cada distrito. Uma pessoa de cada vez.

A sessão de lançamento da iniciativa será no dia 23 de janeiro, sábado, às 17h, com Live-Stream para a página www.juntosportugal.com


Mais informações em www.juntosportugal.com

Comunicado sobre a continuidade do Estado de Emergência

1480 609 Aliança Evangélica Portuguesa

Esta tarde foi publicada o Decreto n.º 3-A/2021 de 14 de janeiro que regulamenta o Estado de Emergência decretado com início às 00h00 de dia 15 de janeiro de 2020.

É de saudar o reconhecimento do governo pelas boas práticas de funcionamento das religiões na prevenção da pandemia, tendo pela primeira vez colocado de forma expressa a possibilidade, já prevista na constituição, da realização dos cultos religiosos durante o estado de emergência e ainda a possibilidade dos participantes poderem circular para esse fim, conforme previsto no artigo 35.º e 4.º n.º2 alínea k), do referido decreto.

Na verdade, a liberdade de culto e a prestação de assistência espiritual é uma necessidade e um direito constitucional que o estado de emergência não suprimiu art. 19.º n.º 3 e  n.º 6, art. 41 e art.º 18 da Constituição da Républica Portuguesa. Esta proteção especial constitucional é justificável, atendendo à extrema relevância que a religião tem para os seus fiéis, tradicionalmente acompanhando desde o nascimento até à morte e no próprio luto, apoiando os doentes, os frágeis, os necessitados, quer na fome quer na guerra, nas prisões ou em qualquer calamidade os Cristãos são chamados a estar na primeira linha de apoio, em conjunto com as autoridades. 

A Lei n.º 44/86, de 30 de Setembro, conhecida como a Lei do Estado de Emergência diz expressamente que 1 – A declaração do estado de sítio ou do estado de emergência em nenhum caso pode afetar os direitos à vida, à integridade pessoal, à identidade pessoal, à capacidade civil e à cidadania, à não retroatividade da lei criminal, ao direito de defesa dos arguidos e à liberdade de consciência e de religião.

Ainda assim é recomendável que a grande maioria de atividades possa ser realizada com recurso a meios telemáticos de forma a evitar ao máximo atividades presenciais, mas as que forem presenciais mantenham o máximo cuidado e precaução no estrito cumprimento das regras da DGS para a realização dos cultos e que evitem, aglomerados de pessoas quer à chegada quer à saída dos mesmos.

Quanto a cerimónias religiosas que impliquem a presença de maior número de participantes além da comunidade habitual, tais como, conferências, casamentos e batismos, deverão ser preferencialmente adiados.

Quando ocorrer a necessidade de circulação no exercício estrito de um dos direitos referidos em cima, nos períodos ou locais em que a mesma não é recomendada devem ser facultadas uma das seguintes declarações: 

Ministros de culto;

Colaboradores essenciais à preparação e realização do culto presencial ou por meios telemáticos;

Membros da igreja.

Pandemia – AEP encoraja à oração e cultos online

733 549 Aliança Evangélica Portuguesa

Queridos Irmãos  

O ano de 2020 foi prejudicado pela COVID-19. A pandemia causou medo e ansiedade na vida de milhões de pessoas em todo o mundo. Isto combinado por perdas surpreendentes na economia global, O COVID-19 alterou drasticamente nosso modo de vida.

No entanto, tanta igreja local e comunidade cristã teve a oportunidade de Servir a Comunidade envolvente e assim exemplificar o que é ser cristão nestes dias.

Face ao evoluir da pandemia e suas consequências nos mais desprotegidos e frágeis, a Aliança Evangélica Portuguesa recomenda que sendo possível os cultos presenciais sejam alterados para Online.

Vamos nesta semana em que por toda a Europa os cristãos evangélicos são desafiados através da celebração da Semana Universal de Oração e porque não através de Jejuns e Orações liguemo-nos uns aos outros e juntos façamos orações e permitamos que o Espírito Santo nos dirija neste ministério.

A Direção

Andanças

960 539 Aliança Evangélica Portuguesa

O sol é persistente e mesmo no rigor do inverno ele teima em brilhar. O mais típico nesta estação, pelo menos neste lado do mundo, é que as chuvas encharquem a terra, as nuvens carregadas escureçam o céu e o vento gelado seja uma constante. Contudo, neste ano, apesar do frio intenso, o sol continua a brilhar. As noites são enluaradas e as estrelas visíveis desenham no céu pontos de luz como para lembrar que há mais para além da paisagem que temos. Elas aproximam de nós o universo e nem se quer percebemos.

Ao pensar neste quadro desenhado não por mãos humanas, ou pelo fruto de um acaso qualquer, mas por um Deus soberano que reina e a quem amamos, rendo-me à confiança de que se o jardim é tão belo e perfeito, as nossas vidas são incomparavelmente mais preciosas em Suas mãos.

Ele nos fez mulheres e a nossa natureza vem em ciclos.

No princípio eram os lacinhos que enfeitavam o cabelo, o vestidinho rodado, os sapatinhos a combinar… Criança ainda, o nosso mundo era repleto de ilusões, emoções que iam nos moldando, transformando as nossas vidas, enquanto o corpo desajeitado ia mudando aos poucos, sem a gente perceber, porque afinal o sonho era crescer…

Até que, de repente, temos que lidar com a menina que somos num corpo que começa a sangrar, e se moldar… E a adolescência vem e traz muitas ondas com ela. Medos, inseguranças quanto ao futuro, paixões, e desejos entranhados que assustam, ao mesmo tempo que impulsionam e nos fazem fazer escolhas que nesta altura não sabemos, mas que podem marcar a nossa história para sempre…

Crescemos. E crescer envolve decisões, conflitos e emoções que vamos aprendendo a lidar, e a menina vai dando lugar à mulher, com todo o potencial para o qual foi criada. A juventude esbanja a sua alegria, através de um sorriso, de uma maquilhagem bem feita, de um cabelo arranjado, mas principalmente dos caminhos que escolhemos, dos sonhos que concretizamos, dos medos que vencemos… Aqui escolhemos a carreira, as amizades se solidificam, escolhemos o amado, entregamos o corpo, o coração e os anos que virão a alguém que se torna um connosco. Geramos filhos, dividimos os nossos corpos e as entranhas do nosso ser com alguém que vai encher a nossa vida, no princípio de choros, brincadeiras, gracinhas e risos… E para sempre de um vínculo de alma que nos faz perpetuar e testemunhar…

Outras não. Por opção, porque não deu, porque não foi como queria ou porque não era o caminho, escolhem andar sozinhas, são valorosas, apoiam, sustentam… Cheias de  graça, caminham, são plenas e vão…

E a maturidade vem. Com ela alguns cabelos brancos, a menopausa, a certeza de muitas conquistas e alguns sonhos deixados atrás, outros ainda por concretizar. O corpo não perde o vigor, mas pede calma, abranda, mostra que precisa de mais tempo…  O ninho começa a esvaziar-se, e é tempo de preencher espaços, renovar a esperança e continuar a caminhar. E a mulher arranja o cabelo, retoca a maquilhagem, escolhe um novo batom e vai…

Até que a velhice vem, com ela talvez a solidão, as saudades de um tempo que se foi, as lágrimas pelas perdas, pelas vitórias, pela vida… O sorriso cansado, os cabelos branquinhos e a face enrugada, como se nela estivesse desenhada a história de cada emoção.

Mas como a vida é uma caminhada, a estrada é longa, por vezes larga e cheia de encanto, outras estreita, cheia de obstáculos, repleta de atalhos que seduzem… Para muitas mulheres, cada ciclo da vida foi antes de mais um fardo, ao invés de encanto.  Quantas foram deixadas de lado, não conseguiram viver, foram maltratadas, abusadas, sofreram…

Porém, como o sol que teima em brilhar mesmo no rigor do inverno, Deus nos capacita a perseverar. Em alguma etapa deste nosso ciclo de vida, somos confrontadas com a melhor escolha que podemos fazer. Jesus, o Salvador, é Aquele que se propõe andar connosco, quer seja uma caminhada alegre ou nem por isso. Quer estejamos rodeadas por outros ou solitárias. Quer não entendamos as mudanças ou não saibamos caminhar… Ele anda connosco e nos ensina a servir, compreender e, principalmente, amar…

Ele ama, e porque podemos ter esta confiança, O abraçamos e vamos… e enquanto andamos lado a lado com Ele, oramos assim:

“Jesus, capacita-me a influenciar esta geração. Geração perdida em valores passageiros, efémeros e que não renovam a esperança.

Ensina-me a ser um exemplo ao gravar as verdades da Tua lei e andar com elas enquanto, eu falo, ando, olho e acompanho…

Ajuda-me a ouvir-Te sempre, de tal forma que a geração que aí vem saiba Te ouvir também e tenha coragem de seguir a Tua voz, mesmo que este mundo de tantos barulhos tente convencer que os seus sons são ideais e um alvo a alcançar.

Leva-me a confiar em Ti como o Pastor. E, mesmo em meio ao desespero de não saber para onde ir nem como dirigir, eu possa ter o privilégio de Te ver amparar, acudir e proteger esta geração perdida. Filhos gerados do ventre, dos relacionamentos, da vida, mas que precisam de Ti.

Capacita-me a escolher-Te a Ti, ó REI. E que através da minha escolha eu possa ser exemplo para aqueles que aqui estão e para os que virão. E que possa pagar o preço desta Esperança que transcende e vai além do bem estar tão esperado, mas que é eterno a partir de agora e vai além, muito além do temporal.

Jesus, obrigada por me trazer de volta a esperança. E que nessas andanças eu possa brilhar o Teu brilho, cantar o Teu canto e acreditar a cada dia que só em Ti há solução. Que eu saiba mostrar ao mundo que anda tão confuso que Tu não és religião, mas amizade, companhia e direcção… o melhor Caminho, o único Deus e a Vida que andamos à procura…

Arlete Castro

Escritora

Mestre em Intervenção Terapêutica

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