Esta é forma como vejo a vida e como me tenho desenvolvido enquanto pessoa.
Nascida num lar onde Deus era respeitado (talvez não de forma integral), cedo aprendi que o Deus Criador era um Deus próximo e Salvador. O Evangelho passou a fazer parte da minha vida ainda na infância, mas seria somente aos 15 anos que a minha vida passaria a fazer mais sentido. O meu encontro com o Cristo real acontece alguns meses mais tarde.
Tinha a consciência que a minha salvação era uma dádiva e que a responsabilidade de viver de acordo com ela nunca seria uma opção, antes um dever.
Já formada rumei a Coimbra, onde continuei a exercer a profissão que tinha escolhido: ser professora. Depois de uma escola na área de Lisboa, passei por outras mais na zona centro…
Como ‘a quem muito é perdoado, muito ama’, percebi que ser professora era uma fase que estava prestes a chegar ao fim. Foi, então, que Deus me chamou para O servir de alma, coração e tempo. Agora no Porto há 28 anos, consigo entender o propósito de cada um dos meus dias, percebendo como este lindo caminho que Ele planeou para mim, e por onde me tem guiado, é uma revelação poderosa e palpável do Seu eterno amor por mim.
No entanto, nem tudo é montanha, nem tudo é vale. Não está calor todos os dias, nem sempre está a chover.
Nos vales da ‘noite’ tem-me guardado e fortalecido; no esplendor da montanha tem-me deliciado com a Sua presença manifesta; quando o céu se acinzenta com nuvens densas e negras é, então, que chove, chove, chove sem parar; e o frio entra nos ossos e não há como fugir dele… mas, de repente (eu amo os ‘de repentes’ do Senhor Jesus) o sol brilha e tudo parece calmo, libertador, perfeito… como se a natureza celebrasse a vida, rodopiando sem parar, dançando e cantando um hino de adoração ao Criador!
Quero crer como Ester, que para ‘este tempo vim’, para um tempo de uma intensa colheita, fazendo parte de uma geração de valentes, nova e determinada, que não se entrega, não se deixa corromper e que não se encanta com as ‘iguarias’ dos ímpios. Geração que serve, que ama, que sonha, que crê e que se levanta para que, nos dias de hoje, o Seu Nome seja exaltado e a ‘glória do Senhor inunde a terra, como as águas cobrem o mar’ – estas são as batidas do meu coração….
Ainda que … nem tudo seja montanha, nem tudo seja vale. Não esteja calor todos os dias, nem sempre esteja a chover.
Ana Pires
Pastora da Igreja Apostólica Nova Geração