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Ser mãe…

Ser mãe…

951 633 Aliança Evangélica Portuguesa

Há quem me trate por Ana, outros tratam-me por Rute e ainda há quem me trate por Ana Rute. Respondo pelos três e não tenho preferência por nenhum. Gosto do meu duplo nome. Mas há quem me trate por “Mamã”. Para os meus filhos, este é o meu nome, e eu sei que quando o ouço, é um deles quem me chama. Eu sou a mãe deles.

Atualmente, há quem não goste de ser definida por esse nome. Os tempos modernos acham que nomear alguém de apenas “mãe” é reduzir a sua identidade. “Eu sou mais do que apenas mãe” – ouvimos. Como se ser mãe fosse uma coisa menor.

Talvez precisemos reconfigurar o que é ser mãe. Ir até à Bíblia é sempre uma boa ideia. Um exemplo pode ser encontrado na mãe de Timóteo. Timóteo era filho de uma judia que também era crente, Eunice, e de um pai grego (Actos 16:1,2). Não nos são dadas muitas informações sobre o seu pai, mas temos algumas sobre a sua mãe.

Timóteo era um jovem pastor e filho espiritual do apóstolo Paulo. Eram bons amigos, e Paulo reconhecia o amor que Timóteo tinha às Escrituras. E Paulo atribui a fé e o carácter de Timóteo ao fiel testemunho da sua mãe e da sua avó.

Paulo faz referência ao legado dessas mulheres em dois momentos. Primeiro, vemos quando agradece a Deus por Timóteo e pela sua fé. Ele recorda que a sua fé sincera habitou primeiro na sua avó Loide e depois na sua mãe Eunice e ele diz: “e estou certo de que também habita em ti” (2 Timóteo 1:5). Mais tarde, Paulo encoraja Timóteo a permanecer firme na Palavra, não se deixando enganar, ou sendo perseguido (2 Timóteo 3:12–14). E mais uma vez ele lembra que aprendeu e acreditou firmemente na Palavra desde muito jovem, “desde a infância” (2 Timóteo 3:15).

Deus chama as mães a ensinarem os filhos no caminho em que devem andar (Provérbios 22:6). A nossa identidade enquanto mães assenta em Cristo. Logo, ser “apenas mãe”, não se verifica. Podemos abraçar este papel digno sem nos sentirmos minimizadas. Deus promete que, ao iluminarmos este mundo, saberemos que o nosso trabalho não foi em vão (Filipenses 2:12–16).

Talvez nunca saibamos o profundo significado deste título, mas podemos lembrar-nos exemplos como Loide e Eunice, sabendo que gerações são chamadas à salvação através da fidelidade daquelas mães que vieram antes de nós.

Ana Rute Cavaco

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