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O SENTIR DE UMA CIDADE

O SENTIR DE UMA CIDADE

960 638 Aliança Evangélica Portuguesa

Como se fossemos numa viagem, ao ler a Bíblia encontramos diferentes paisagens, climas, ambientes, dinâmicas e preocupações em cidades daquele tempo.

Quatro cidades

Curioso é que, por vezes, também descobrimos “sentimentos” nestas cidades. É verdade, o texto refere o “pulsar do coração” desta e daquela cidade, como se de uma pessoa se tratasse. Recordemos aqui algumas delas:

Belém: Cidade comovida

“Assim, pois, foram-se ambas, até que chegaram a Belém; e sucedeu que, entrando elas em Belém, toda a cidade se comoveu por causa delas, e diziam: Não é esta Noemi?” (Rute 1:19)

Susã: Cidade confusa

“Os correios, pois, impelidos pela palavra do rei, saíram, e a lei se proclamou na fortaleza de Susã; e o rei e Hamã se assentaram a beber; porém a cidade de Susã estava confusa.” (Ester 3:15)

Jerusalém: Cidade perturbada

“E o rei Herodes, ouvindo isto, perturbou-se, e toda Jerusalém com ele.” (Mateus 2:3)

Samaria: Cidade alegre

“E havia grande alegria naquela cidade.” (Actos 8:8)

E a sua cidade?

Que adjectivo lhe atribuiria, hoje? Como se sente a sua cidade? Possivelmente sente o mesmo que a minha. Há lojas fechadas, edifícios escolares silenciosos, ginásios sem movimento, ruas quase desertas. As nossas cidades estão perplexas, receosas, perante a propagação rápida do coronavírus e todos os perigos daí decorrentes. O que lhe caberá fazer?

“Ah, mas eu, sozinha, pouco poderei fazer pela minha cidade…” Talvez seja este o seu pensamento. Contudo, acredito que cada um(a) de nós pode fazer mais do que imaginamos. É que, nos quatro exemplos acima referidos, o sentimento de cada uma das cidades foi despertado por uma pessoa só. Veja:

Belém – o regresso de Noemi

Susã – a perversidade de Hamã

Jerusalém – a perturbação de Herodes

Samaria – a pregação de Filipe

Deixe que Deus a use, como Ele quiser, em favor da localidade onde vive.

Duas ideias

Aqui estão elas:

– Cumprir à risca tudo aquilo que tem sido recomendado, sem banalizar as informações oficiais que vamos tendo sobre a situação e valorizando a experiência de outros países onde o vírus fez adoecer primeiro. 

– Reconhecer o amor de Deus pelas cidades e o Seu poder para curar a terra, e interceder em oração, lembrando estas Suas palavras: “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.” (II Crónicas 7:14)

Nestes dias, li algures esta frase: “Não está tudo bem, mas vai ficar.” Acredito que sim, confiando no amor e na protecção do nosso Deus.

Para todas, um fim-de-semana abençoado.

Bertina Coias Tomé
Psicóloga, Especialista em Psicologia Clínica e da Saúde e Psicologia Comunitária

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