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Liberdade Religiosa esquecida na Agenda 2030

Liberdade Religiosa esquecida na Agenda 2030

1024 681 Aliança Evangélica Portuguesa

Durante uma semana, políticos e agentes sociais cristãos de 37 países reuniram-se em Genebra para trabalhar juntos. Foi entregue um documento final à ONU denunciando “a discriminação e a perseguição por motivos de fé” e pedida a sua inclusão entre os Objetivos de Desenvolvimento.

Embora a liberdade religiosa seja reconhecida como um direito fundamental, continua sendo um dos aspectos menos protegidos em muitas partes do mundo. Esta realidade é o que quis destacar um grupo de cristãos envolvidos na política, ação social, organizações ou empresas que se reuniram em Genebra (Suíça) de 8 a 12 de maio.

A Conferência Global da UNR sobre “Parlamento e Fé” reuniu pessoas de 37 países que durante esses quatro dias não só receberam treinamento, mas também trabalharam em mesas específicas para abordar diferentes questões atuais que impactam o mundo público. Nessas mesas, foram apresentados argumentos, desenvolvidas estratégias e tecidas alianças internacionais que ajudarão a enfrentar as diversas situações que atualmente se apresentam no campo da política.

“Queremos unir o lema desta conferência, ‘Unir as nações e reconciliar o mundo’, com o compromisso que todo cristão deve ter de se envolver nos assuntos públicos”, disse  Claudio Cingolani, subsecretário parlamentar da Cidade de Buenos Aires (Argentina ) e Membro do Parlamento e Fé.

Durante o encontro, foram examinados alguns pontos da Agenda 2030, com 17 objetivos de desenvolvimento sustentável que a ONU promove em todo o mundo. Entre os objetivos, podemos encontrar o desenvolvimento de uma educação de qualidade, combater a pobreza ou cuidar do meio ambiente.

“Começamos a trabalhar a liberdade religiosa, porque percebemos que ela não está dentro da Agenda Global 2030”, explicou Claudio Cingolani. “Estivemos nas Nações Unidas, na sede em Genebra, para apresentar um documento que reflete todos os princípios e valores da cosmovisão cristã para cada um dos objetivos de desenvolvimento sustentável, bem como nosso pedido de liberdade religiosa para estar presente. nessa agenda, visto que a perseguição por motivos de fé é comum neste mundo.”

O documento, que pode ser consultado em inglês e espanhol, expõe em 12 pontos as concordâncias com alguns aspectos dos objetivos de desenvolvimento sustentável, bem como algumas das deficiências neles detectadas.

Os signatários concordam com a necessidade de “combater a pobreza”, “preservar o meio ambiente” ou aproveitar “os avanços da tecnologia”.

No que se refere à liberdade religiosa, o documento afirma que, embora tenha como base a Declaração Universal dos Direitos Humanos (art. 18), precisaria ser explicitada entre os objetivos da Agenda 2030 para não ser esquecida. “A liberdade religiosa é um pilar que consideramos ausente (…) Pedimos que seja incluída porque a discriminação e a perseguição por motivos de fé são uma realidade. Sem liberdade religiosa, sem liberdade de expressão e de consciência, a democracia enfraquece”, afirma o documento.

A Participação Portuguesa

Os 4 participantes de Portugal  foram Connie Duarte, António e Cristina Calaim e ainda Luís Pallister e Calaim. 

Foi solicitado apoio na divulgação deste ministério ao ex-presidente da Aliança Evangélica Portuguesa,  António Calaim, ainda durante o seu mandato. Alguns jovens portugueses também envolvidos na política manifestaram interesse em participar neste ministério e fizeram-no através da web e reuniões Zoom.


Desde logo, entendeu-se a vantagem em integrar este ministério na Aliança Evangélica Europeia. O desafio foi abraçado pela portuguesa Connie Duarte, Secretária Executiva da AEE, que também foi uma das oradoras nesta Conferência.  


Participaram neste encontro também 6 delegados de Angola (representados nomeadamente através do Vice Presidente da Assembleia Nacional de Angola) e 8 irmãos do Brasil.

Um Movimento Internacional

Os apresentadores deste evento foram, entre outros, o senador norte-americano John B. Crane, Pamela Russel, capelã nos Estados Unidos; o político Gerardo Amarilla, do Uruguai; Connie Duarte de Portugal, secretária geral da Aliança Evangélica Europeia, e Manny Ohonme, fundador da Samaritan’s Feet.

“Tivemos oficinas, tivemos palestras, participaram ministros, presidentes, parlamentares e líderes cristãos do mundo todo. Isso é Parlamento e Fé e essas são as Conferências Globais da UNR, ou seja, unir as nações e reconciliar o mundo”, acrescentou Claudio Cingolani.

A próxima edição das conferências globais será no Uruguai. Além disso, a organização está já a pensar em lançar uma conferência para pessoas com menos de 40 anos.

O “Parlamento e Fé” foi fundado pelo argentino Luciano Bongarra, em 2008, e atualmente atua em mais de 30 países. À entidade, explica no seu site, “acompanhou homens e mulheres no governo em sua jornada, fomentando neles princípios e valores cristãos de acordo com as necessidades deste século, pois seu desejo é ver líderes em todo o mundo que transformam as suas nações”.

Tradução: https://protestantedigital.com/internacional/66558/la-libertad-religiosa-la-gran-olvidada-de-los-agenda-2030

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