Amigas
Este espaço dedicado a mulheres, completa agora seis meses. Ainda está a dar os primeiros passos, mas já é uma referência para muitas, que aqui encontram conforto, ensino, inspiração. E sentimos imensa gratidão a Deus por isso. Eis alguns dos comentários que temos recebido:
“As publicações na AEP no espaço Mulheres, têm sido para mim uma bênção.”
“Sinto-me muito grata, abençoada pelos bons artigos, sempre elucidativos, no espaço Mulheres, da Aliança Evangélica.”
“PARABÉNS com as maiores bênçãos do Pai, para este novo espaço dedicado a MULHERES! Muito bem concebido, em diversas vertentes excepcionais… Precisávamos mesmo de um cantinho só para nós, mulheres! Ficarei atenta cada 15 dias…”
Mulheres que se têm sentido revigoradas pelo que lêem aqui…
Ver e ler
Na verdade, aquilo que vemos e lemos tem um papel relevante na nossa vida. Pode promover em nós reflexão, despertar-nos, levar-nos a outros patamares de conhecimento e, sobretudo, de proximidade com Deus. Ou não, se não passar de um amontoado de “novidades”, de veracidade quantas vezes duvidosa, e que, embora coloridas como missangas, não são pão. Ou se se tratar do “conselho do ímpios” (Salmo 1:1), nunca por aí nos alimentaremos. Ciente disso, o salmista tomou uma decisão: “Não porei coisa má diante dos meus olhos…” (Salmo 101:3) e, mais à frente, acrescentou “Os meus olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem comigo;” (Salmos 101:6)
Pois bem, procurando ser fiéis a Deus, também trazemos este espaço a cada mulher, cristã evangélica ou não, para que venha até aqui e se “assente connosco”. E já somos uma multidão, onde, com certeza, há também muitos homens, e são bem-vindos!
A história de Hagar
Voltando à questão daquilo que vemos e lemos, num programa televisivo muito apreciado em Portugal, dedicado a entrevistas a figuras públicas, havia uma pergunta sempre presente: “O que é que dizem os seus olhos?” Hoje, proponho-lhe uma outra pergunta: “O que é que veem os seus olhos?”
Lembro-me de uma mulher cuja perspectiva sobre a sua vida mudou totalmente quando ela viu! Viu o quê?
Numa zona desértica, caminhava errante com o seu filho. Só se tinham um ao outro. A vida dera umas quantas voltas, talvez estranhas e até distantes dos seus sonhos de menina. E hoje dava por si como mãe sozinha, a procurar construir um novo projecto de vida para ambos. Onde, como, com a ajuda de quem? Ainda não sabia…
As possíveis ruminações sobre o futuro tinham-se desvanecido agora, sob o peso de uma questão imediata, de sobrevivência: acabara-se a água no odre! Não havia como matar a sede e ela não sabia o que fazer, num lugar árido, onde nada parecia existir… Os seus passos sobre o terreno arenoso tornam-se mais lentos e, finalmente, pára. Em desespero, deita o filho sob a sombra de umas árvores e, lá mais adiante, senta-se a chorar. Acredita que o seu filho irá falecer ali. Uma angústia indescritível até que… Ela vê! E o seu ânimo ressurge. Ah, está ali um poço de água!
Curiosamente, ela vê porque “abriu-lhe Deus os olhos”(Génesis 21:19) E ela corre a encher de água o seu odre e ambos se refrescam e veem as forças renovadas. E o relato bíblico deixa-nos espreitar os anos seguintes, revelando-nos que: “Era Deus com o menino, que cresceu; e habitou no deserto, e foi flecheiro.” (Génesis 21:20)
Uma oração
Seja qual for o cenário de vida que cada uma de nós tenha hoje diante de si, a minha oração é para que Deus abra os nossos olhos. Que Ele nos faça ver as fontes de água que tem preparado para nós, para além da areia seca, dos arbustos espinhosos do deserto, do calor… Que cada uma de nós possa correr a refrescar-se Nele, e aí ver-se reabastecida de alento e confiança.
Por onde começar? Abra a sua Bíblia, leia no Salmo 119:18 e descubra aí uma oração que vem ao encontro do nosso tema de hoje. Esse pode ser um ponto de partida para uma boa conversa com Deus.
Um grande abraço para si e até daqui a 15 dias!
Bertina Coias Tomé
Psicóloga, Especialista em Psicologia Clínica e da Saúde e Psicologia Comunitária
Membro da Direcção da Aliança Evangélica Portuguesa