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Geral

Estratégias para Quem Tem Filhos com PHDA

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O nome comprido da Perturbação de Hiperatividade/Défice de Atenção (ou PHDA) caracteriza as suas principais facetas: a impulsividade e atividade motora excessiva (hiperatividade) e a dificuldade em suster atenção num único objetivo (défice de atenção).

Devido a alterações neurocognitivas, as crianças com PHDA apresentam mais dificuldades em seguir regras/instruções, persistir numa tarefa, controlar os seus impulsos, regular emoções, são mais desorganizadas, irrequietas e, muitas vezes, revelam relacionamentos sociais mais pobres.

Ora, de modo geral, as crianças podem exibir vários dos comportamentos acima descritos, no entanto, em crianças com PHDA estes comportamentos são excessivos quando comparados com a sua faixa etária e interferem significativamente com a qualidade do funcionamento social e escolar.

Dado as características comportamentais desta perturbação, é comum os pais terem algumas dúvidas sobre que estratégias parentais utilizar no dia a dia. Apesar de ser importante compreender as necessidades específicas de cada criança e família, efetivamente, a investigação aponta para algumas estratégias que ajudam a promover comportamentos desejados em todas as crianças, mas especialmente em crianças com PHDA. Por exemplo:

  • Manter o contacto visual quando dá uma ordem.
  • Dar ordens de forma clara, explicitando a ação desejada. Em vez de: “não atires a bola”, dizer: “segura na bola com as mãos”.
  • Reduzir o número de ordens. Parece paradoxal, mas a investigação mostra que crianças que recebem um número excessivo de ordens, desenvolvem mais problemas de comportamento. Pense em 5 a 10 regras indispensáveis à sua família e coloque a sua atenção na promoção desses comportamentos.
  • Ter rotinas bem estabelecidas.
  • Recorrer a lembretes visuais como tabelas ou imagens que explicitem o plano do dia. Por exemplo: vestir a roupa, tomar o pequeno-almoço, lavar os dentes, ir para a escola, etc.
  • Utilizar tabelas de recompensas, como forma de implementar um ou dois comportamentos que tenham de acontecer todos os dias (e.g., lavar os dentes, fazer a cama, etc.).
  • Elogiar sempre que observar comportamentos positivos. Crianças com comportamentos disruptivos estão sujeitas a um maior número de críticas do que elogios. O elogio ajuda a promover os comportamentos que queremos ver mais vezes, a construir autoestima e autoconfiança. Crianças que são elogiadas com frequência, também elogiam com mais frequência, o que, por sua vez, beneficia as suas relações pessoais.
  • Brincar. A brincadeira alimenta a relação entre pais e filhos, e desenvolve competências sociais, emocionais e cognitivas estruturantes no processo de desenvolvimento da criança.

Não se esqueça de respirar fundo e elogiar os seus esforços parentais. Mesmo com as melhores técnicas, todas as crianças irão testar limites – é normal e saudável; faz parte do seu processo de crescimento e autonomia! Pode ser importante falar com um profissional que o ajude a encontrar estratégias eficazes, com base nas necessidades individuais da sua família. Quanto mais precoce for a intervenção, maior impacto haverá no desenvolvimento da criança.

Margarida Sousa Palma

Psicóloga Clínica
Cédula Profissional nº 29054

A Criança – o futuro da sociedade; o presente e futuro da igreja.

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Chegam quase sempre com um sorriso imenso, gostam de dar abraços quentes cheios de afeto e de um modo extremamente sincero mostram os sentimentos. Gostam de brincar como ninguém, um brincar cheio de cooperação e interajuda, repleto de imaginação cheio de interações e de construção de novas relações. 

As crianças cheias de afetividade, de vontades, de desejos e de sonhos têm de ser celebradas todos os dias, e a nossa responsabilidade enquanto potenciadores do seu futuro e nunca obstáculos, tem de ser recordada. 

É nesta relação construída que a criança vai edificando o respeito pelo outro, desenvolvendo a sua capacidade de falar, de criticar, de escutar, de apoiar de entender praticamente o que os outros sentem. Através da relação e com base na Palavra de Deus, conseguimos dar-lhes um sentido e viver cada momento de uma forma completamente especial e única. 

As crianças vão crescer e vão sendo responsáveis por cada tarefa que executam, preocupados com o bem-estar dos outros, irão adquirir conhecimentos importantes ao longo da vida que lhes permitirão solucionar problemas e todas serão necessárias.  Esta é uma mensagem fundamental a ser transmitida: todas são importantes e todas têm um valor!  

Uma boa autoestima poderá também ser fortalecida pela noção de que a criança é amada por Deus e por outras pessoas que acreditam nela e nas suas competências. Existe uma segurança tão profunda que vem de saber que somos criados com valor e potencial por um Deus que nos conhece e está sempre perto de nós. Que maravilhoso será que as nossas crianças compartilhem desta fé, reconheçam o seu valor e o valor do outro, amando o outro.

Ao estarmos com a criança construímos um espaço de cooperação, de envolvência que promove o sentir, a realização de sonhos, que ajuda a criança a acreditar em si própria e a ultrapassar as suas dificuldades. Temos o dever de abraçar a criança, de a fazer sentir digna dos seus direitos, porque todos os dias a criança tem direito a ser feliz, a sentir-se importante para os outros, a continuar a sonhar, a imaginar e a brincar sem parar.  

A forma como motivamos as nossas crianças é determinante para o seu futuro.  

Todos os adultos envolvidos no processo educativo enquanto pais, família, professores, educadores, líderes de igreja, voluntários ou outros adultos significativos temos por objetivo apoiar a criança a ultrapassar os obstáculos, gerir as frustrações e as emoções num trabalho continuo de acompanhamento e motivação que desejamos que traga os seus frutos: crianças honestas, sensatas, resilientes, amorosas, motivadas e cheias de fé.  

Desejamos ser uma boa influência para que as nossas crianças não se tornem adultos arrogantes, egoístas ou até cruéis. Para promover o seu desenvolvimento adequado é importante refletir em algumas estratégias de motivação, na relação com as nossas crianças:

  • elogiarmos o esforço que a criança desencadeia em vez de nos centrarmos nas competências que tem ou que ainda não adquiriu ou nas capacidades cognitivas que exibe. A criança que é elogiada por trabalhar de uma forma determinada e motivada, tem maior probabilidade de conseguir abraçar novos desafios e de permanecer motivada ao longo de todo o processo. É importante que o elogio que se dá à criança seja motivador para uma constante aprendizagem e suplementação de desafios. 
  • outra estratégia é o encorajamento para que a criança possa experimentar coisas novas, mesmo que pareçam difíceis. A perseverança é composta por interesse, prático, propósito e a esperança. Na Associação Crescer com Amigos, por exemplo promovemos o desenvolvimento e, acreditamos que é no trabalho individual do voluntário com a criança que haverão possibilidades de crescer para um futuro com mais esperança. Neste trabalho de proximidade é importantíssimo que cada um de nós ao trabalhar com a criança seja caloroso e compreensivo, e torne todo o processo de aprendizagem de novas estratégias emocionais e comportamentais, bastante divertido. Quando a criança tem oportunidade de alcançar algo que faz com que se sinta bem, este sucesso trará mais confiança e será motivador para outros sucessos. 
  • uma estratégia também importante é a celebração após cada tarefa alcançada., no entanto, é nossa função não permitir que a criança dependa demasiado destas recompensas. Embora o sistema de recompensas possa ser profundamente útil em momentos específicos, usado incorretamente, pode minar por completo o interesse nas atividades que poderiam vir a ser gratificantes. Enquanto mães, professoras, educadoras devemos optar por encorajar as crianças a fazer aquilo que tem de ser feito, reconhecendo os seus sentimentos e oferecendo explicações alternativas ou escolhas. 

Como pessoas integrantes numa comunidade nem sempre defendemos a infância das nossas crianças e os seus verdadeiros interesses. Muitas vezes impomo-nos a cada uma delas, sem olhar a fundo as suas dificuldades ou fragilidades e sem pensar no impacto que criamos nas suas vidas. 

Há dias em que falamos um pouco mais alto, com falta de consciência ou de sensibilidade para entender o que se está a passar. 

Também levamos o nosso cansaço para dentro de casa e esquecemos que ficamos mais irritadas e com menos paciência. Deixamo-nos levar pelas emoções e preocupações que ultrapassam a calma e a capacidade de escuta. Por vezes não nos dispomos a compreender a atitude das crianças quando estão chateadas, quando se queixam, perdemos a capacidade de ouvir, escutar e abraçar quando tanto necessitam. Tantas vezes preenchemos excessivamente o tempo que devia ser de brincadeira, porque na verdade continuamos a considerar o tempo das crianças como nosso, dos adultos. Precisamos como adultas, saber agradecer mais e pedir mais vezes desculpa.  

Agradecer porque cada criança nos lembra que o brincar é mesmo importante, que todos os diálogos são partilhas das suas descobertas e que as ligações e conexões que realizam são fenomenais.  

As crianças, têm uma capacidade incrível e única de nos recordar que a educação se faz de relação.  Todos erramos, crescemos e ultrapassamos juntos as fragilidades e prosseguimos…  Saibamos nós não esquecer que um dia também já fomos crianças… 

As crianças são verdadeiramente o futuro, que cada uma de nós possa contribuir para um processo educativo que promova o crescimento de “boas pessoas” cheias de fé, crianças felizes equilibradas, motivadas e determinadas!  

Dizem que é preciso uma aldeia para criar uma criança. Com uma certeza inabalável nos nossos corações, que num mundo em constante mudança não podemos desistir de assumir a nossa responsabilidade como igreja, até que todas as crianças consigam ver e sentir que são amadas incondicionalmente.

Marisa Bossa

Psicóloga Clínica
Pós-graduação em Terapia de Casal e Terapia Familiar
Supervisão em Sociedade Portuguesa em Terapia Familiar (SPTF)

Emergência Rio Grande do Sul – Brazil

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As águas estão a baixar, e a revelar a destruição, bem como a verdadeira dimensão da calamidade. Vamos ajudar? A Aliança Evangélica Portuguesa junta-se à Aliança Evangélica Brasileira no apoio, cada euro doado será encaminhado para quem precisa, através dos muitos voluntários no terreno.

Aliança Evangélica Portuguesa IBAN: PT50 0033 0000 4528 2173 8960 5. Coloque “Apoio Rio Grande do Sul” na descrição e para facilitar adicione 2 cêntimos ao final do montante.

“O generoso prosperará; quem dá alívio aos outros, alívio receberá.”Provérbios 11:25

Educação Moral e Religiosa Evangélica: Inscreve-te na tua escola!

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A Disciplina de Educação Moral e Religiosa Evangélica (EMRE) é um espaço de inspiração cristã, aberto a todos os alunos das escolas públicas do 1º ao 12º ano, de oferta obrigatória e matrícula opcional.

“Vive e Partilha” é o tema para o próximo ano letivo!

COLOCAR as duas Versões dos cartazes (das crianças e dos adolescentes)Quais são então os principais domínios a desenvolver através da EMRE:O currículo da disciplina de Educação Moral e Religiosa Evangélica encontra-se centrado na multidimensionalidade da Vida Cristã. Os conhecimentos, capacidades e atitudes, são aprofundados ao longo do percurso escolar do aluno, de acordo com a sua idade e grau de maturidade, partindo sempre dos seguintes domínios: Relacionamento com Deus; Relacionamento Comigo Próprio; Relacionamento com a Família; Relacionamento com o Próximo; Relacionamento com a Natureza.Como posso fazer a inscrição na disciplina de EMRE?As matrículas são feitas através do preenchimento do documento oficial, “REQUERIMENTO PARA MATRÍCULA NA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO MORAL E RELIGIOSA”, a ser entregue ao professor titular para o caso do 1º ciclo (1º, 2º, 3º e 4º ano), ao Diretor de Turma para os outros anos de escolaridade e na secretaria, caso não tenha sido possível através dos processos indicados anteriormente, nomeadamente quando existe mudança de escola. Os alunos maiores de 16 anos podem efetuar a sua própria matrícula.Requerimento para matricular em EMRE a entregar à escola disponível aqui:

Se na escola alegarem que a disciplina não existe, posso na mesma fazer a matrícula?À luz da lei ninguém pode impedir a inscrição em EMRE. O facto de a disciplina nunca ter funcionado em determinado estabelecimento de ensino não é impeditivo para que ela possa vir a funcionar no ano letivo seguinte.Se alguém impedir a inscrição em EMRE, o encarregado de educação deve preencher de imediato o “ REQUERIMENTO PARA MATRÍCULA NA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO MORAL E RELIGIOSA” e dirigir-se à Direção da Escola Sede de Agrupamento para entrega do mesmo, reportando a situação ocorrida. Sem inscrições a EMRE nunca poderá vir a funcionar!


A partir de quantos alunos a disciplina pode funcionar?

Para a formação de uma turma curricular, deverão estar inscritos no mínimo 10 alunos, mesmo que sejam de diferentes ciclos de estudo, anos ou turmas. 
E se forem menos de 10 alunos inscritos, a disciplina pode na mesma funcionar?

Se estiverem inscritos menos de 10 alunos, a COMACEP irá propor à escola o funcionamento de um “Clube Bíblico Evangélico”, a fim proporcionar ensino bíblico evangélico a estes estudantes. 

O que deve fazer a escola após as matrículas feitas:

Concluído o processo de matrículas, solicitamos que seja feito o levantamento do número de alunos inscritos em EMRE, em cada uma das escolas do agrupamento e que essa contagem seja comunicada à COMACEP, bem como a inexistência de inscrições, se for esse o caso.

 

Inscrevi o meu filho. E agora?

Durante o mês de julho, o encarregado de educação deve dirigir-se à secretaria da escola sede, para confirmar a inscrição do seu educando em EMRE. No início do ano letivo, caso não se encontre assinalado no horário do aluno a aula de EMRE, o encarregado de educação deve pedir uma justificação à direção do Agrupamento de Escolas. Caso se verifique alguma situação irregular, deve informar de imediato a COMACEP.


O meu filho está inscrito em EMRE, mas foi colocado em EMRC. E agora?

Se aluno for inserido numa turma de EMRC (Educação Moral e Religiosa Católica), o encarregado de educação deverá dirigir-se de imediato à Direção da Escola Sede de Agrupamento para que o engano seja logo corrigido. Se o processo não for imediato, deve contactar a COMACEP.

NOTA INTERNA: O PORTAL DAS MATRÍCULAS NÃO ESTÁ A FUNCIONAR BEM. AS INSCRIÇÕES DE CATÓLICA E DE EVANGÉLICA COSTUMAM VIR TODAS MISTURADAS. O IMPORTANTE É ENFATIZAR A NECESSIDADE DE ENTREGA DO REQUERIMENTO DE MODO PRESENCIAL E A SOLICITAÇÃO DO COMPROVATIVO DE ENTREGA.

OS PROCEDIMENTOS EFETUADOS ATRAVÉS DO PORTAL DAS MATRÍCULAS (https://portaldasmatriculas.edu.gov.pt/) DEVEM SER SEMPRE COMPLEMNETADOS COM A ENTREGA PRESENCIAL DO “REQUERIMENTO PARA MATRÍCULA NA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO MORAL E RELIGIOSA”

 Para mais informações contactar: 

Contactos:

comacep@portalevangelico.pt

Se deseja conhecer melhor o ministério da COMACEP, visite-nos em:

https://linktr.ee/comacep

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Para mais informação sobre a disciplina de EMRE, visite-nos em:

https://linktr.ee/moralevangelica

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Bridge 2024 – Conferência anual dos membros associados da European Freedom Network

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Bridge 2024 – Conferência anual dos membros associados da European Freedom Network

A Bridge 2024 foi uma conferência realizada em Março, em Portugal (S. Domingos de Rana), reunindo mais de 100 abolicionistas evangélicos de 27 países europeus. O tema do evento, este ano, foi “Conectar, Colaborar e Criar”, refletindo a missão da European Freedom Network (EFN), rede europeia de organizações evangélicas contra o Tráfico de Seres Humanos. Desde 2012 o propósito da EFN é combater o tráfico humano e a exploração comercial, trabalhando para a restauração das vítimas em parceria com outros stakeholders estratégicos. Diferentemente de conferências anteriores, esta foi quase exclusivamente liderada pelos membros da EFN, abordando uma variedade de tópicos, desde o envolvimento necessário da igreja até aos cuidados com a saúde dos colaboradores e voluntários que trabalham com estas temáticas. O evento visava promover relacionamentos e networking entre os participantes de forma a fomentar a colaboração transnacional. Destaques incluíram momentos de oração, sessões de paineis interativos e o apoio de palestrantes externos, como Connie Duarte e Stieneke van der Graaf. O sucesso da conferência foi evidenciado pela participação de novos membros e pela continuação do trabalho da EFN na luta contra o tráfico humano.

Mais informações sobre a EFN podem ser encontradas aqui:

A notícia completa pode ser encontrada aqui: https://www.europeanea.org/efn-bridge2024/ e aqui: https://evangelicalfocus.com/europe/26155/bridge-2024-christian-abolitionist s-gathered-in-lisbon-to-build-partnerships

Fórum Evangélico 2024 “Up Un Go – Desperta o Gigante Adormecido”

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Mais de 600 cristãos (na sua maioria jovens) e de 100 voluntários participaram no passado sábado no Fórum Evangélico 2024, que decorreu em Mem Martins no espaço da “MCI – Missão Cristã Internacional”, com o tema “Up Un Go – Acorda o Gigante Adormecido”.

Música, Louvor, Expo Evangélica, Experiências Imersivas, Palestras, Workshops e muitas conexões entre diferentes igrejas e organizações, fizeram parte desta iniciativa que foi organizada pela Aliança Evangélica Portuguesa.

O tema escolhido para este ano foi “UP UN GO – Acorda o Gigante Adormecido”, com o objetivo de despertar esta geração para um compromisso com Cristo, viver os valores do Evangelho e anunciar o Seu amor. Um amor que restaura, que nos devolve identidade, que nos consola, cura e traz Salvação!

O orador convidado deste Fórum Evangélico foi Dan Randall (Líder da Rede de Jovens da Aliança Evangélica Europeia, Diretor da Hope Together Youth, pastor da Life Church Lancashire, líder europeu do NXTMove). Ao longo do dia, ouvimos também testemunhos inspiradores de jovens cristãos envolvidos nas áreas do desporto, política, acolhimento de crianças, missões, evangelismo digital, estudantes, entre outras esferas de influência. Todos eles com o mesmo foco: “serem sal e luz” onde quer que estiverem.

Segundo Timóteo Cavaco, presidente da AEP, este Fórum foi “fundamentalmente um tempo de comunhão e de partilha. Organizado e promovido pelos jovens, mas não apenas para eles. Foi para todos!”.

Jonas Nunes, responsável pela Assessoria da Juventude da AEP, sublinhou também que a diversidade de cristãos evangélicos presentes neste Fórum mostra que “o Reino de Deus não são igrejas, mas é quando estamos unidos pelo Espírito Santo para testemunhar Cristo a todo o Portugal”.

A propósito, Sara Narciso, da Assessoria de Comunicação da AEP, sublinhou ainda a dupla dimensão deste Mega Encontro: “Por um lado, a conexão entre as várias igrejas e organizações para nos conhecermos melhor internamente e nos inspirarmos uns aos outros. Por outro, deixarmos fluir também lá para fora esta paixão que todos nós temos por Jesus, para que mais pessoas possam conhecê-lO e experimentar este amor que a todos Ele oferece”

Recordamos que a Aliança Evangélica Portuguesa representa os evangélicos em Portugal, herdeiros da Reforma Protestante, que creem em JESUS CRISTO como Filho de Deus que ressuscitou de entre os mortos e têm a Bíblia como única regra de fé. Congrega cerca de 700 comunidades locais e mais de 60 organizações (incluindo organismos de cooperação de igrejas e instituições de solidariedade social). Embora não existam dados concretos sobre o número total de evangélicos em Portugal, estima-se que este ultrapasse os 200.000 residentes em todas as regiões do nosso território, entre os quais se incluem uma maioria de cidadãos portugueses, mas também provenientes de diversas nacionalidades.

O FÓRUM EVANGÉLICO foi então um encontro entre TODA A FAMÍLIA EVANGÉLICA EM PORTUGAL. O do próximo ano fica novamente agendado para o fim-de-semana depois da Páscoa. Até lá, é possível seguir a Aliança Evangélica através das redes sociais e pelo site www.aliancaevangelica.pt

UNIDOS PELO EVANGELHO EM PORTUGAL!

Onde estás plantada?

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Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará” (Salmo 1:1-3.) O título deste texto não é fácil de explanar uma vez que os versículos bíblicos acima, de algum modo, definem com princípio meio e fim embora resumidamente, os passos a dar para o sucesso, tanto no campo secular como no espiritual.

Podemos encontrar um desafio, uma equação, se quisermos: Rejeitando a roda do que nos prejudica, preferimos ter prazer naquilo que nos faz bem, ou seja, na lei do Senhor, na Sua Palavra, meditando no que é bom, de dia e de noite.

Seguindo o raciocínio do salmista, posso imaginar que sou “uma árvore plantada junto a ribeiros de águas”. A ideia é aprazível, porque certamente é o lugar ideal para eu crescer, a água é fonte de vida. Com o crescimento, as raízes estendem-se e procuram no solo os nutrientes que necessito para ter uma boa estrutura, a fim de dar “fruto na estação própria”, pois tudo vem a seu tempo.

As minhas “folhas não caem”, sou uma árvore perene, por natureza. Vem a flor, o fruto, a folha fica e assim atravesso as várias estações sempre verde, fresca e viçosa.

Plantada desta maneira, sou uma árvore próspera, tudo acontece naturalmente e não desiludo o agricultor.

Podia acabar aqui a minha dissertação e tudo ficaria perfeito e belo, mas não posso.

Não existem árvores só plantadas junto a ribeiros de águas: há árvores de folha caduca, há árvores que não dão fruto, há árvores que se não forem podadas não será garantido o seu crescimento correto. Algumas são pequenas, outras de grande porte e todas são importantes porque o Criador o designou assim.

Lembro algo que li há alguns anos, contrastando com a árvore que deu mote a este texto: “Cada tempestade para um carvalho é mais um desafio a ser vencido e não uma ameaça. Numa grande tempestade, muitas árvores são arrancadas, mas o carvalho permanece”.

Podemos ficar gratas se onde estamos plantadas as condições se oferecem amenas, frescas e seguras, senão, devemos tirar proveito de situações contrárias à nossa vida e ficar mais fortes apesar das aparentes marcas. As árvores de grande porte podem sofrer transformações resultantes das tempestades, penso que os Botânicos e os Geólogos saberão examinar os efeitos deixados, mas as profundas raízes que as sustentam, asseguram a sua resistência a cada temporal e ficam mais fortes.

Sinto que tenho sido muitas vezes podada e o Criador vai tirando ramos inúteis. Este ato, traz sofrimento, dor, mas é tão necessário para o crescimento, “a fim de dar mais fruto”.

“…quando somos corrigidos custa-nos muito. Mas depois é que se vêem os resultados, nos que foram disciplinados – uma vida justa e de paz”. (Hebreus 12:11 OL)

Vivemos tempos de grandes lutas, o solo é árido, os ventos fortes, as folhas escassas, mas qualquer tormenta não nos arrancará, porque estamos enraizadas no Criador, nosso Pai celestial.

Faço minhas as palavras do apóstolo Paulo: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente, não são para comparar com a glória que em nós há-de ser revelada”. (Romanos 8:18).

Quero ser bem-aventurada mesmo quando o terreno em que estou plantada me traz alguma dor. Aquele que acalma as tempestades está sempre por perto e há um lugar melhor que me espera no fim desta caminhada.

Carlota Fernandes Roque

Missionária aposentada

Reportagem: Som da Liberdade. Um filme sobre o tráfico de crianças

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No passado dia 11 de fevereiro, os jovens e adolescentes da Assembleia de Deus “Encontro Vida”, assistiram ao filme “Som da Liberdade”, uma longa-metragem que estreou em 2023 e que aborda a temática do tráfico de crianças. Eram dez e meia da manhã de domingo, quando os jovens e adolescentes da igreja Encontro Vida se reuniram para assistirem em conjunto ao drama “Som da Liberdade”, produzido pela Angel Studios.
Antes de darem início ao filme, os jovens aproveitaram para conviver uns com os outros enquanto esperavam por aqueles que ainda pudessem chegar. As expetativas estavam muito equilibradas, sendo que havia alguns que, primeiro, queriam ver o filme e depois desenvolver uma opinião, enquanto outros estavam ansiosos e um pouco curiosos para saber o que ia acontecer.
A igreja começou a ficar composta. Ouvia-se o barulho da napa das cadeiras à medida que os jovens e adolescentes se sentavam. A equipa de multimédia da igreja apagou as luzes, projetou a imagem no ecrã, aumentou o som e deu-se início ao filme. O silêncio já se sentia e via-se uma enorme concentração por parte dos espetadores para acompanharem os primeiros momentos da história.
O “Som da Liberdade” é uma longa-metragem baseada na história verídica de Timothy Ballard, um ativista contra o tráfico de crianças e, também, um dos principais responsáveis pela consciencialização do tráfico sexual e do que o mesmo envolve.
Tim Ballard é autor de diversos livros e pai de nove filhos, dois dos quais são adotados. Em 2013, fundou a organização sem fins lucrativos Operation Underground Railroad (OUR), a qual lhe concedeu o privilégio de resgatar milhares de vítimas da tragédia que define o tráfico humano.
Com o apoio das doações privadas, Ballard e a sua organização conseguiram salvar muitas vidas, no entanto, o processo nem sempre foi fácil.
No decorrer da sua atividade pelo mundo, Ballard enfrentou muitos problemas relacionados com as regras e as leis de cada país e ainda teve de lutar contra algumas autoridades locais, todavia, a compaixão pelas vítimas fê-lo manter-se firme e hirto na sua caminhada.
No filme, o ator Jim Caviezel, que representa Tim Ballard, decide dedicar a sua vida, exclusivamente, à missão de resgatar crianças vítimas de tráfico sexual na Colômbia.
Após conseguir resgatar Miguel, uma das crianças vítimas de uma rede de tráfico sexual, Jim fica a saber que a irmã de Miguel também foi raptada e é nesse momento que Jim decide abandonar o seu emprego e tudo o que tem para salvar a menina.
O grupo de liderança do ministério de jovens e adolescentes da igreja Encontro Vida, decidiu incluir o filme “Som da Liberdade” numa das atividades do segundo período do ano letivo de 2023/2024. Esta iniciativa surgiu da necessidade de “os jovens e adolescentes se saberem posicionar, enquanto cristãos, perante a dor do outro, o sofrimento e a injustiça no mundo. Serve também como reflexão de como se têm preocupado com as dificuldades das pessoas mais vulneráveis ao seu redor”, afirma João Beirão, um dos líderes da Geração Touch, o nome dado ao ministério de jovens e adolescentes da AD Encontro Vida.
Antes de o filme ser exibido na igreja, os líderes assistiram ao mesmo no cinema, o que deu para concluir que “não era chocante em termos de imagens e em termos gráficos, mas ao mesmo tempo retratava o tema de forma sensata, sem tirar a responsabilidade e o peso que este acarreta”, indica João Beirão.
A Bíblia alerta o cristão para esta realidade através de diversas passagens, sendo uma delas Deuteronómio 24:7: “Se for descoberto alguém que, havendo roubado um dentre seus irmãos, dos filhos de Israel, e tenha escravizado ou vendido, esse ladrão morrerá. Assim, exterminarás o mal do meio de ti”.
O livro de Deuteronómio foi escrito por Moisés, na época em que o povo de Israel andava pelo deserto, antes de ir para a Terra Prometida por Deus a Abraão.O capítulo 24 em específico, transmite a ideia de que a justiça deve ser sempre equilibrada e demonstra uma grande misericórdia e compaixão com os direitos dos mais vulneráveis.
Este capítulo da Bíblia também enfatiza a importância da vida e da dignidade humana para Deus, Aquele que é sempre Justo e o Consolador do seu povo. O bem-estar dos mais necessitados e a justiça para com o povo são duas características salientadas neste versículo.
Outros exemplos de passagens bíblicas que referem que o cristão deve procurar fazer justiça pelos outros são Mateus 19:19: “…Amarás o teu próximo como a ti mesmo”; Efésios 4:32: “Antes, sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo”; Provérbios 31:8-9: “Abre a tua boca a favor do mudo, a favor do direito de todos os desamparados. Abre a tua boca, julga retamente, e faze justiça aos pobres e aos necessitados”; Isaías 1:17: “Aprendei a fazer bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas”, entre muitos outros.
O livro de Mateus foi escrito por volta do ano de 50 d.C., pelo próprio apóstolo e relata o início da vida de Jesus na terra e também os primeiros passos da igreja inicial.O capítulo 19 tem o seu contexto na região da Judeia e relata o encontro de Jesus com um jovem rico que lhe perguntou o que era necessário para herdar a vida eterna, ou seja, viver para sempre com Deus. Em resposta, Jesus referiu a importância de os seus seguidores renunciarem tudo em prol de uma vida de comunhão com Ele e também destacou a obediência aos dez mandamentos, que se encontram em Êxodo 20:1-17.  É precisamente aqui que Jesus diz ao jovem que ele devia amar o próximo como a si mesmo.
No que toca a Efésios 4:32, a epístola de Paulo aos crentes de Éfeso foi escrita entre os anos de 60 e 63 d.C. pouco depois do livro de Mateus. O principal objetivo de Paulo ao escrever esta carta foi poder dar ferramentas e ensinamentos sólidos para todos os cristãos em Éfeso que procuraram ser mais parecidos com o carácter de Jesus Cristo.
Consequentemente, no capítulo 4 deste livro, Paulo realça a união que os cristãos devem ter uns com os outros. O apóstolo indica que a vida de Cristo no crente leva a que o mesmo seja uma pessoa benigna, que pratique atos de bondade e que tenha a capacidade de perdoar os erros que os outros cometem contra ele, tal como Deus fez com toda a humanidade.
Em relação ao livro de Provérbios, este está inserido no Antigo Testamento e foi escrito pelo Rei Salomão por volta do ano de 900 a.C.
O capítulo 31 cita os ensinamentos que a mãe do Rei Lemuel, um dos reis mencionados em Provérbios, lhe concedeu.
Especificamente nos versículos 8 e 9, a mãe de Lemuel aconselhou-o a lutar por aqueles que, por diversos motivos, não conseguiram ter Voz na sociedade. Encorajou-o a fazer justiça pelos necessitados e a cuidar deles.
Por último, para contextualizar o livro de Isaías, é necessário dizer que este também está enquadrado no Antigo Testamento da Bíblia e que foi escrito pelo próprio profeta no ano de 900 a.C.
Na época em que Isaías escreveu esta obra, a nação de Judá, que habitou na terra de Jerusalém, passou por um período de forte rebeldia contra Deus e a mensagem que o profeta passou foi a de arrependimento e reconciliação com o Senhor.
Isaías exortou o povo a fazer o bem e a lutar pelas causas dos mais necessitados, contrastando a condição de pecado atual do povo com as bênçãos que o mesmo poderia ter ao obedecer a Deus e ao que Ele pretendia.
O grupo da Geração Touch, ainda inclui alguns adolescentes, mas essa nunca foi uma justificação para ocultar a realidade que o filme passa. De acordo com João Beirão, “o confronto com o real é muito necessário para os mais novos conhecerem o mundo em que vivem e para que pensem no que estão a fazer no seu dia-a-dia para amar mais o próximo. É fundamental não deixarmos de ter sensibilidade para com o outro”, alega o líder de jovens e adolescentes.
O filme apela ainda para o cuidado que os jovens e, especialmente, os mais novos devem ter com a Internet. Muitos adolescentes são seduzidos a participar em concursos e em atividades, sem terem a plena noção do esquema que está por trás e por isso “a mensagem também é boa nesse sentido, porque nos leva a pensar sobre o uso que damos à Internet e ás redes sociais”, declara João Beirão.
Após uma hora e meia de filme, as luzes voltaram a estar acesas e o ecrã foi desligado. A reação dos jovens foi de alguma reflexão sobre o que tinham acabado de assistir. “Eu tinha ideia de que este tema era real, mas não sabia que o número de crianças afetadas pelo tráfico humano e sexual a nível mundial, era tão elevado”, refere a jovem Ana Sofia Sousa, estudante de mestrado em investigação biomédica.
Miguel Pires, estudante de 13 anos e um dos adolescentes que também faz parte do grupo, afirma que este filme lhe deu uma nova perspetiva em relação à preocupação geral dos pais para com os filhos. “Por vezes os pais não nos deixam sair com os nossos amigos por preocupação e realmente é verdade, quando estamos lá fora não sabemos o que pode acontecer”, indica.
Os dois jovens admitiram ter concordado com esta iniciativa por parte da sua igreja local, pois “não é um assunto muito falado no meio cristão e é necessário”, diz Ana Sofia. Já Miguel, considerou que “foi uma atividade importante para termos noção do que se passa a nível global”.

Ministério de jovens e adolescentes da AD Encontro vida
12/03/2024

Sou mãe

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Olá, eu sou a Talita tenho 31 anos e nasci no Brasil. Vim para Portugal com os meus pais quando eu tinha 12 anos e cá fiquei até o dia de hoje, sem nunca mais regressar, sou mais portuguesa do que brasileira. Conheci o meu marido num acampamento da COMACEP e ele desde a sua juventude percebeu o chamado para o ministério pastoral. Sempre tive o desejo de ser mãe e construir uma família. Mal pude aguentar um ano de casada para começar a ter filhos. O nosso primeiro filho nasceu um pouco mais de um ano depois de casados, em 2015, e a minha jornada da maternidade começou aí. Temos quatro filhos atualmente e o Senhor levou o nosso quinto bebé quando ainda tinha 7 semanas de gestação. Eu não me imaginava a fazer o que faço hoje, estar a tempo inteiro em casa a educar os meus filhos em casa. Imaginei que teria um trabalho fora de casa, como a maior parte das mulheres, e que os meus filhos iriam para a creche como habitualmente se vê. No entanto, nos primeiros anos do Rafael, o nosso primeiro filho, eu comecei a perceber que se eu o colocasse na creche, eu perderia grande parte do seu dia, e isso entristecia-me, e não tendo eu a necessidade de trabalhar fora para completar o sustento da nossa casa, percebi que estava numa posição muito privilegiada e não poderia desperdiçar essa oportunidade. Assim, escolhi ficar em casa e acompanhar o crescimento e desenvolvimento dos nossos filhos e dedicar-me ao serviço da nossa casa e da igreja. À medida que os filhos foram chegando, eu fui me apercebendo cada vez mais da importância do meu papel e do meu dever diante de Deus de estar presente todos os dias a ensinar, a corrigir, a educar, a amar e a me sacrificar em prol da edificação do nosso lar. Essa caminhada tem me tornado cada dia mais parecida com Cristo, pois sou constantemente confrontada com os meus erros e pecados, e sinto necessidade urgente todos os dias de buscar arrependimento e transformação. Isso tem me trazido grande amadurecimento espiritual e tem tido um importante papel no processo de santificação na minha vida. Percebi na pele um dos grandes propósitos de Deus para maternidade e agora sei o porquê de o apóstolo Paulo dizer que as mulheres serão salvas dando à luz filhos. Os filhos empurram-nos para a cruz de Cristo! Não existe outra forma de conseguir lidar com os filhos sem recorrermos ao Pai com todas as nossas debilidades e fraquezas. Nele podemos encontrar amparo, direção, consolo, encorajamento e paz. Encontrei vários desafios e ainda passo por alguns, como a dificuldade de organização, de gestão do tempo, e de estabelecimento de rotinas funcionais. Eu passei muitos apertos, e vivi o caos por muito tempo, às vezes o caos ainda volta, mas já sei qual o caminho para sair dele. Aprendi a desenvolver rotinas e bons hábitos, e descobri que precisava a cada dia mortificar a minha carne e lutar contra o meu próprio eu para poder glorificar a Deus nas tarefas mais básicas do lar e educação dos meus filhos. A fim de ter essa disponibilidade de estar em casa eu também posso me dedicar a acompanhar algumas pessoas da minha igreja, como algumas jovens mais novas e aconselhá-las e aprofundar relacionamentos de amizade e comunhão com elas. Semanalmente passam pela minha casa 2 ou 3 irmãs e sou tão abençoada por poder estar sempre rodeada de relacionamentos intencionais que edificam nossas vidas. Também tenho disponibilidade para fazer visitas a irmãos mais velhos e faço parte do ministério visitação da nossa igreja. Levo os nossos filhos a essas visitas e eles têm a oportunidade de poder conviver com todas as faixas etárias, aprender acerca das várias realidades da vida, aprendem com os mais velhos, ouvem os testemunhos dos irmãos, as suas lutas e as suas vitórias por seguirem o caminho de Cristo. Considero-me muito privilegiada por poder viver os meus dias assim, em serviço constante do lar e da nossa comunidade. Meu serviço na igreja é nos bastidores, cuido das crianças das mães que precisam de alguém que fique com os seus pequeninos, facilito a vida do meu marido para que tenha total disponibilidade para fazer o seu trabalho como pastor da nossa igreja e também como professor no seminário Martin Bucer, e para que possa se dedicar também aos seus estudos de doutoramento pelo Puritan Reformed Theological Seminary.

Sinto-me muito feliz por viver assim e não sinto necessidade alguma em construir qualquer carreira profissional. Só preciso de ver garantido a harmonia do meu lar, a manutenção e construção da fé dos nossos filhos e das famílias da nossa comunidade aqui na igreja, e ter sustento financeiro que me permita continuar a poder me dedicar ao serviço a Deus desta maneira. No futuro gostaria de me dedicar mais aos ministérios formais da igreja, mas por enquanto invisto a maior parte do meu tempo assim, cuidando dos filhos e recebendo várias pessoas por semana para cultivar relacionamentos e alimentarmos a fé uns dos outros.

Tenho aprendido a ser mais como Jesus, pois essas circunstâncias de vida nas quais me encontro forçam-me a diariamente buscar toda força, motivação e contentamento em Cristo.

Glória seja dada a Ele eternamente!

Talita Lopes

Esposa muito apaixonada, mãe e educadora a tempo integral de 5, 3 rapazes e uma menina, e um bebé no céu. Ando a descobrir como fazer isso da melhor forma possível para a glória de Deus.

ESCLARECIMENTO

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A propósito da manchete da edição de hoje do Diário de Notícias, com o texto intitulado «A influência dos pastores evangélicos nos votos: “Não vamos parar até que a Bíblia entre no Parlamento”», vem a Aliança Evangélica Portuguesa (AEP) esclarecer o seguinte:

  1. A igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) não é filiada na AEP nem nenhum dos pastores ou líderes eclesiásticos mencionados no texto.
  2. A AEP faz-se representar oficialmente através do seu presidente da Direção ou de qualquer membro dos seus órgãos designados para o efeito, sendo que nenhum deles esteve presente no pequeno-almoço de 15 de março nem em nenhuma das outras iniciativas referidas na peça.

Vimos ainda lamentar que, dado o destaque e a dimensão que o jornal deu à notícia, a AEP, enquanto a mais antiga e abrangente entidade representativa dos evangélicos em Portugal, não tenha sido previamente ouvida para poder contrapor a imprecisões e fake news que o texto é fértil em propalar.
Para que conste, a AEP está presente em Portugal, desde 1849, com atividade regular desde 1879, constituída em 1921, com Estatutos aprovados em 1935, sendo pessoa coletiva religiosa radicada desde 2006. Atravessamos todos os regimes do período contemporâneo português na estrita observância e respeito pelos poderes políticos e outros poderes fáticos, ainda que muitas vezes ao longo deste percurso, mesmo na atualidade, o enquadramento jurídico-legal não nos tenha sido favorável, nem a ação antagónica de certas forças sociais e religiosas. No presente, tal como no passado, a AEP preserva sempre a sua natureza estritamente apartidária.

A Direção

26.03.2024

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