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Artigos Gerais

Alerta Tráfico de Seres Humanos

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Assinalou-se a 18 de Outubro Dia Europeu contra o Tráfico de Seres Humanos.

Este dia foi criado em 2007 pela União Europeia para consciencializar os decisores políticos e a sociedade civil para a implementação de políticas de luta contra este problema global.

Em Portugal, saudamos as medidas que já foram anunciadas hoje, para priorizar respostas às vítimas de tráfico humano, uma vez que esta realidade tem vindo a crescer no nosso país.O Tráfico de Seres Humanos pode assumir várias formas, desde exploração sexual, trabalho forçado, atividades criminosas forçadas, mendicidade forçada, escravatura ou venda de órgãos.

A comunidade evangélica internacional tem estado permanentemente envolvida na prevenção e resgate de vítimas de tráfico através da World Freedom Network e European Freedom Network (https://www.europeanfreedomnetwork.org/), que reúnem e equipam dezenas de ONGs cristãs evangélicas que trabalham nesta área. Reconhecemos e somos gratos pelo trabalho de cada uma delas.

Para assinalar este dia, a Aliança Evangélica Portuguesa, através da sua assessoria de Direitos Humanos, está a preparar um webinar a decorrer no dia 13 de Novembro, às 20h“Tráfico
de Seres Humanos: o que fazer? Uma perspetiva cristã evangélica.”
Contamos com a presença de todos. Mais informações em breve.

Elsa Correia Pereira
Assessoria dos Direitos Humanos da AEP

Dia Global do Evangelismo 2024

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Dia Global de Evangelismo Mas o que é?
•⁠ ⁠É um evento organizado pela Dare 2 Share junto com outras organizações.
Ele oferece TREINAMENTOS *EM VÍDEO para grupos de jovens e adolescente, os capacitando a INICIAREM CONVERSAS
EVANGELÍSTICAS com seus amigos e em suas comunidades.

Link para inscrição da sua igreja:

Conferências 2024 APCB

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É já no dia 31 de outubro que damos início às conferências da APCB, e queremos convidá-lo(a) a participar nestes momentos de edificação e aprendizagem.

A 2ª Conferência de Mulheres APCB terá lugar no dia 31 de outubro, na Igreja Batista da Ramada, pelas 18:00, com a palestrante irmã Renata Gandolfo, que abordará o tema “Mestras do Bem”.

A 7ª Conferência da APCB irá decorrer nos dias 1 e 2 de novembro, no Centro de Formação Cristã da Ramada, com receção a partir das 08:30 em ambos os dias, e com os palestrantes Pr. Mário Pina, Pr. Walace Juliare e Pr. David Cáceres, sob o tema “Criar uma Cultura de Cuidado na Igreja”.

Pela primeira vez, realizaremos a 1ª Conferência da APCB no Porto, nos dias 8 e 9 de novembro, na 3ª Igreja Batista do Porto. A receção no dia 8 inicia às 19:30 e no dia 9 às 09:30, com os palestrantes Pr. Pedro Barbosa, Pr. Tiago Bugalho, Pr. Tiago Capote e irmã Renata Gandolfo, também com o tema “Criar uma Cultura de Cuidado na Igreja”.

As inscrições podem ser feitas através deste link: https://aconselhamentobiblico.pt/?fbclid=PAZXh0bgNhZW0CMTEAAabP8YImN1sWKX9FAUm2NQteoc9n2CtDHupijus-GP9HnGRBDFnc87JhfEo_aem_sxJzFTcc3P-y6lxhV6RKfw.

Estamos confiantes de que estas conferências serão de grande bênção para todos os irmãos. Contamos com a vossa presença!

Nuvens de Outono

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Foi vista por centenas, talvez milhares de pessoas, naquele dia. Pequena, ou assim parecia por estar lá no alto, era uma nuvem que deslizava lentamente sobre o fundo azul-claro do céu, num caminhar suave, do litoral para o interior. A única nuvem.Para a maioria das pessoas que repararam nela, nada mais era do que uma pequena “quantidade de algodão” lá em cima, de aspecto macio, a maneira como o vapor-de-água se organizara na atmosfera, num formato qualquer. Iria seguir o seu trajecto, comandado por alguma brisa fora do alcance da mão humana. Decorava um céu limpo e, umas horas depois, já não seria alcançável pelo olhar dos habitantes daquela cidade, por certo. Não constituía novidade nem alimentava esperança. Quantas nuvens daquele tamanho já haviam cruzado o céu, como se passeassem sobre Samaria, sem que oferecessem uma gota de chuva sequer? Era mais uma nuvem…


Contudo, naquela cidade houve um homem que teve sobre ela um olhar diferente. Naquela pequena nuvem, ele entendeu uma mensagem. Representava o início do cumprimento de uma promessa de Deus. E apressou-se a avisar:”Vá dizer a Acabe: prepare o seu carro e desça, antes que a chuva o impeça.” (I Reis 18:44)


Porque é que ele alcançou um significado que teria escapado a outros? A resposta é simples: porque ele tinha orado! Pedira a Deus, insistentemente, que fizesse chover, depois de mais de três anos de tempo seco. 


E veio a comprovar-se que o profeta tinha razão. Aquela foi apenas a primeira de um exército de nuvens que se reuniram rapidamente, enegreceram os céus e derramaram uma chuva abundante sobre a terra, devolvendo-lhe vida. “Enquanto isso, nuvens escuras apareceram no céu, começou a ventar e começou a chover forte,” (I Reis 18:45)


A oração constrói expectativa em nós e oferece-nos uma visão diferente acerca daquilo que vai acontecendo ao nosso redor. Desperta-nos o olhar para minúsculos grãos de mostarda, um raminho de oliveira no bico de uma pomba, uma vara de amendoeira, um amontoado de ossos secos, uma estrela que se move, duas moedas de cobre, uma nuvem pequena… Refiro-me a pequenos detalhes de histórias que quem conhece a Bíblia saberá identificar: elementos que, aparentemente insignificantes, foram o princípio de algo verdadeiramente grande.

 
É fácil olhar à nossa volta e concluir rapidamente que está tudo na mesma, nada mudou, não há perspectivas novas… Sem oração, é comum irmos dar aí. Contudo, é possível inverter essa condição, permanecendo em oração e deixando que Deus amplie visão em nós. Ele far-nos-á contemplar muito mais. Iremos saborear os Seus “mimos” que nos mantêm de pé, desenvolvendo um coração agradecido até por aquilo a que antes chamaríamos sorte ou boa coincidência.  Ele far-nos-á escutar o clamor silencioso de alguém, sentir necessidades discretas à nossa volta, entender respostas à oração ainda no início, alegrarmo-nos em fé.


O mês de Setembro anuncia uma nova estação e tem sabor a recomeço. Vamos envolvê-lo em oração e deixar que Deus crie em nós um olhar diferente sobre a nossa vida, sobre os outros, o emprego ou os estudos, os projectos futuros. Ele tem novas nuvens a lançar no nosso céu, e chuvas abundantes prometidas: “Conheçamos o Senhor; esforcemo-nos por conhecê-Lo. Tão certo como nasce o sol, Ele aparecerá; virá para nós como as chuvas de Inverno, como as chuvas de Primavera que regam a terra.” (Oséias 6:3) 

Um Feliz Outono para si! 

Bertina Coias Tomé

Psicóloga

Especialista em Psicologia Clínica e da Saúde e em Psicologia Comunitária

Conhecer para Cuidar

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No âmbito das iniciativas do GTIR para a promoção do conhecimento dos profissionais sobre a importância compreensão da diversidade religiosa da nossa sociedade, desde o início do ano têm vindo a ser realizadas várias conferências onde cada tradição religiosa apresenta a sua perspectiva sobre os cuidados de saúde no contexto de internamento hospitalar. No próximo dia 11 de setembro pelas 11h a será AEP a fazer a sua apresentação.

Testemunho de vida sobre um pai

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Tenho saudades do meu pai. Tenho saudades das minhas conversas com ele nas três vezes por semana que íamos juntos a Coimbra para as minhas aulas de música. Tenho saudades de quando parávamos para lanchar num café local. Ainda hoje sinto o gosto das sandes que com muito custo e com muito trabalho o meu pai pagava. Hoje não sinto mais com a minha boca, mas sinto com o coração. Hoje até posso parar no mesmo café, e paro, mas a sande não tem o mesmo sabor. 

Conhecer aquele homem como meu pai foi um dos maiores privilégios da minha vida. Alguns amigos, que agora nos são comuns, refletem como ele era disponível e sempre pronto a servir no Reino. Mas eu reflito como tive o privilégio de cozinhar com ele, de fazer música com ele, de cantar e dançar com ele, de conduzir com ele, de jogar computador com ele. Sinceramente, não me lembro de conversar com o meu pai sobre as coisas maiores da vida. Lembro-me de falar pouco mais de uma ou duas vezes sobre o curso superior que haveria de escolher. Mas lembro-me tão bem de como sempre foi um encarregado de educação presente e como me acompanhou no primeiro dia de inscrição na universidade. Não me lembro se alguém vez falámos sobre as minhas maiores ambições de vida. Mas lembro-me de que ele me preparou muito cedo para todos os desassossegos do dia-a-dia. É assim que olho para trás e percebo o legado que me deixou. Claro que tivemos longas conversas teológicas, e que em parte explicam a minha avidez por fazer perguntas e obter respostas. Acima de tudo, aprendi com o meu pai que a vida vive-se vivendo. Sem cera, sem mentiras, sem esconder os problemas e sem deixar de celebrar as pequenas vitórias.

Mas às vezes me pergunto: Como a nossa relação foi tão bem-sucedida? Como o meu pai aprendeu a ser pai? Ele ficou sem pai muito cedo. Foi criado por uma tia feiticeira, ainda em Angola. Depois foi aperfilhado e aprendeu a ser homem. Veio para Portugal, aprendeu a ser evangelista. O meu pai aprendeu a ser muita coisa, mas nunca a ser pai. Enfim, chego à conclusão: ele aprendeu a ser pai ao mesmo tempo que eu aprendi a ser filha. E creio que esta foi a beleza da nossa relação. Aprendemos juntos. Estávamos em pé de igualdade na experiência de ser família. Foi nessa humildade que eu aprendi a responder como filha, mas que ele também aprendeu a ser responsável como pai. Aprendemos juntos, mas não aprendemos sozinhos. Deus foi o centro da nossa família, mas foi o Deus que tratou com cada um de nós de forma particular. O Deus do meu pai é o meu Deus, mas o nosso relacionamento com Ele nunca foi igual. O meu pai sabia disso e por isso aceitou a liberdade de como Deus estava a fazer-me filha d’Ele também. Esta realidade foi importante, e talvez ainda não a entenda em toda a dimensão porque eu não sou mãe. Mas posso entender que o meu Pai não impôs a sua forma de ser pai – cheio de ideais e conjeturas – para que o Pai tivesse oportunidade de me fazer Sua filha. Olho para trás e vejo a humildade que isso requer. O meu pai instruí-me em todo o conselho de Deus, mas precisou aprender a ser pai na medida que eu não era apenas filha dele. Deus escreveu a minha história de forma diferente da dele, e como pai teve de aprender a conviver com essa diferença, não pressionando expetativas, mas dando-me coragem para seguir o meu próprio caminho. Mas nem sempre foi fácil, nem para um, nem para outro. O meu pai teve de aprender que a independência que ele ensinou, um dia me levaria a ser uma menina cheia de opiniões. O meu pai teve de aprender que o facto de eu escutar Deus me levaria a outros lugares e profissões longe do que ele pensava que eu iria seguir. E nessa aprendizagem, o ferro afiou o ferro, como um amigo ensina o amigo, mas também um pai e uma filha se ensinaram um ao outro. O meu pai falhou, porque além de ser pai era ser humano. Eu também falhei como filha e assim aprendi muito com o meu pai. E na nossa relação de pai e filha, crescemos os dois na experiência com Deus. 

Termino como comecei. Tenho saudades do meu pai. Esta palavra, antes, era uma palavra comum, até banal. De um momento para o outro, há 13 anos, tornou-se uma palavra rara nos meus lábios, mas que foi ganhando um novo significado no meu coração. Ainda aprendo com o meu pai. Vinte e um anos de vida foram poucos para mim, mas foram os suficientes para me continuar a guiar na sua ausência. Só Deus sabe porque apenas foram vinte e um, mas a fé e vida do meu pai ainda me ajudam a buscar pelo Pai celestial e a agradecer-Lhe pela experiência de filha. 

Débora Hossi

Débora Hossi, Gestora de Conteúdo no Procurar Jesus (ministério de evangelismo na internet da Associação Evangelística Billy Graham.

Nota de Pesar

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Loretta Mae Sherwood

(14 de março de 1931 – 24 de junho de 2024)

Nascida perto de Fresno, no estado da Califórnia, Loreta Sherwood descendia de imigrantes originários de Irlanda, Inglaterra e Alemanha, que chegaram à costa ocidental dos Estados Unidos da América no século XIX. Mais nova de três filhos, com um irmão e uma irmã mais velhos, viveu os primeiros anos num ambiente rural bastante humilde, nos tempos em que a economia norte-americana passou pela “grande depressão”. Graças à melhoria das condições de vida da família, ela e os seus irmãos acabaram por gozar de uma educação privilegiada, que conduziu Loretta a uma escola profissional e mais tarde à Universidade de Passadena, da Igreja do Nazareno, onde obteve conhecimentos essenciais que viria a aplicar ao longo da sua vida dedicada à missão.

Terminado o curso superior, voltou para Fresno, começou a trabalhar como secretária e, logo a seguir, como professora. Obtidas as qualificações académicas necessárias, viria a enveredar pela carreira do ensino, tendo sido professora do ensino básico por um período de dez anos. Interrompeu então a carreira para responder pela primeira vez à chamada missionária, que a levou ao Brasil por um período de dois anos, durante o qual colaborou com a Mocidade para Cristo. Terminado o projeto missionário, regressou à sua escola em Fresno, onde ensinou por mais três anos.

Porém, o apelo missionário tinha ficado a arder no seu coração. Desde muito jovem que estava envolvida em diferentes ministérios na sua igreja local e como voluntária da Mocidade para Cristo. Tocou saxofone, cantou em coros e em outros grupos musicais. A sua paixão era servir! Assim, com o apoio da sua nova igreja na Califórnia, The Peoples Church, acaba por chegar a Lisboa a 8 de outubro de 1971. Apesar de já não estar em início de carreira, Loretta Sherwood dedicou toda uma nova vida à Causa do Evangelho em Portugal. Foi quase meio século de vida ativa nas mais diversas frentes.

Quando chegou a Portugal, a sua missão consistiu em trabalhar com a Mocidade para Cristo durante dois anos, organizando e dirigindo um coro de jovens de Lisboa e dos arredores. O coro acabou por chegar a muitos outros lugares do país e mesmo fora de portas. Terminado o período inicial, Loretta já não queria voltar ao seu país, pelo que através do missionário Samuel Faircloth, integrou-se no Núcleo – Centro de Publicações Cristãs, com quem viria a colaborar durante as quase três décadas seguintes. É impossível listar todas as atividades a que se dedicou, mas para memória ficam as sucessivas edições Prontuário Evangélico que paciente e meticulosamente organizou; participou na organização das campanhas que levaram literatura bíblica a muitos milhares de lares no nosso país; organizou e acompanhou durante vários anos os concertos, em inúmeras localidades, do grupo musical Light Stream, que provinha da sua igreja em Fresno, na transição para os anos 1980; por mais de 20 anos acompanhou ainda a tradução, a revisão e a preparação da edição de O Livro – A Bíblia para hoje, que finalmente viria a ser integralmente publicada em 2001. Chegada à “idade da reforma”, Loretta não se rendeu, decidindo dar continuidade a um sonho que lhe tinha surgido anos antes: o estabelecimento da presença evangélica em São Pedro do Sul, na região de Viseu, o que se viria a concretizar com a “Fonte”, onde, a partir de 1998, Loretta e outros passaram a ministrar aulas de música, estudos bíblicos e de língua inglesa, etc. Voltou ainda à sua casa em Caneças, em 2011, onde mais uma vez iniciou atividades para crianças e estudos bíblicos.

Quase até aos 90 anos, Loretta Sherwood continuou a espalhar o seu entusiasmo e a sua alegria por todos aqueles com que ela convivia. A todos inspirou e motivou! Voltou ontem para a Casa do Pai, mas fica o legado de uma vida dedicada ao serviço de Deus!

Aliança Evangélica Portuguesa na Aldeia das Religiões

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A Aliança Evangélica Portuguesa vai estar presente este ano na “Aldeia das Religiões”, de 20 a 22 de Junho, em Braga – Priscos, com um stand inter-activo e também com diversas apresentações de palco (Concertos, Dramas e Colóquios).

No nosso stand (a funcionar das 10.00h ás 22.00h) estaremos a oferecer literatura cristã, divulgar a disciplina de EMRE (Educação Moral e Religiosa Evangélica), apresentar Ministérios e Organizações diversos, testemunhar a nossa Fé, etc… Pretendemos que esse seja um espaço dinâmico e acolhedor para todas as idades, onde se pode tomar café, conversar, orar e até “brincar com histórias da Bíblia” no cantinho das crianças.

Destaque ainda para as apresentações que a Aliança Evangélica vai promover para as quais estão convidados!

Esta poderá ser uma boa oportunidade de partilharmos a nossa Fé em JESUS e de praticarmos saudável diálogo inter-religioso, uma vez que nesta “Aldeia das Religiões” vão existir 10 tendas de diferentes confissões religiosas.

A iniciativa é da Igreja Católica que, através do padre João Torres, nos fez chegar o convite para participarmos. Fica o convite para que as igrejas mais a Norte possam também visitar-nos nesta “Aldeia das Religiões” durante esses três dias. Serão muito bem vindos, entre as 10.00 e as 22.00h, com entrada livre! 

Noticia da Aldeia das Religiões no Jornal “Sete Margens” aqui.

Estratégias para Quem Tem Filhos com PHDA

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O nome comprido da Perturbação de Hiperatividade/Défice de Atenção (ou PHDA) caracteriza as suas principais facetas: a impulsividade e atividade motora excessiva (hiperatividade) e a dificuldade em suster atenção num único objetivo (défice de atenção).

Devido a alterações neurocognitivas, as crianças com PHDA apresentam mais dificuldades em seguir regras/instruções, persistir numa tarefa, controlar os seus impulsos, regular emoções, são mais desorganizadas, irrequietas e, muitas vezes, revelam relacionamentos sociais mais pobres.

Ora, de modo geral, as crianças podem exibir vários dos comportamentos acima descritos, no entanto, em crianças com PHDA estes comportamentos são excessivos quando comparados com a sua faixa etária e interferem significativamente com a qualidade do funcionamento social e escolar.

Dado as características comportamentais desta perturbação, é comum os pais terem algumas dúvidas sobre que estratégias parentais utilizar no dia a dia. Apesar de ser importante compreender as necessidades específicas de cada criança e família, efetivamente, a investigação aponta para algumas estratégias que ajudam a promover comportamentos desejados em todas as crianças, mas especialmente em crianças com PHDA. Por exemplo:

  • Manter o contacto visual quando dá uma ordem.
  • Dar ordens de forma clara, explicitando a ação desejada. Em vez de: “não atires a bola”, dizer: “segura na bola com as mãos”.
  • Reduzir o número de ordens. Parece paradoxal, mas a investigação mostra que crianças que recebem um número excessivo de ordens, desenvolvem mais problemas de comportamento. Pense em 5 a 10 regras indispensáveis à sua família e coloque a sua atenção na promoção desses comportamentos.
  • Ter rotinas bem estabelecidas.
  • Recorrer a lembretes visuais como tabelas ou imagens que explicitem o plano do dia. Por exemplo: vestir a roupa, tomar o pequeno-almoço, lavar os dentes, ir para a escola, etc.
  • Utilizar tabelas de recompensas, como forma de implementar um ou dois comportamentos que tenham de acontecer todos os dias (e.g., lavar os dentes, fazer a cama, etc.).
  • Elogiar sempre que observar comportamentos positivos. Crianças com comportamentos disruptivos estão sujeitas a um maior número de críticas do que elogios. O elogio ajuda a promover os comportamentos que queremos ver mais vezes, a construir autoestima e autoconfiança. Crianças que são elogiadas com frequência, também elogiam com mais frequência, o que, por sua vez, beneficia as suas relações pessoais.
  • Brincar. A brincadeira alimenta a relação entre pais e filhos, e desenvolve competências sociais, emocionais e cognitivas estruturantes no processo de desenvolvimento da criança.

Não se esqueça de respirar fundo e elogiar os seus esforços parentais. Mesmo com as melhores técnicas, todas as crianças irão testar limites – é normal e saudável; faz parte do seu processo de crescimento e autonomia! Pode ser importante falar com um profissional que o ajude a encontrar estratégias eficazes, com base nas necessidades individuais da sua família. Quanto mais precoce for a intervenção, maior impacto haverá no desenvolvimento da criança.

Margarida Sousa Palma

Psicóloga Clínica
Cédula Profissional nº 29054

A Criança – o futuro da sociedade; o presente e futuro da igreja.

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Chegam quase sempre com um sorriso imenso, gostam de dar abraços quentes cheios de afeto e de um modo extremamente sincero mostram os sentimentos. Gostam de brincar como ninguém, um brincar cheio de cooperação e interajuda, repleto de imaginação cheio de interações e de construção de novas relações. 

As crianças cheias de afetividade, de vontades, de desejos e de sonhos têm de ser celebradas todos os dias, e a nossa responsabilidade enquanto potenciadores do seu futuro e nunca obstáculos, tem de ser recordada. 

É nesta relação construída que a criança vai edificando o respeito pelo outro, desenvolvendo a sua capacidade de falar, de criticar, de escutar, de apoiar de entender praticamente o que os outros sentem. Através da relação e com base na Palavra de Deus, conseguimos dar-lhes um sentido e viver cada momento de uma forma completamente especial e única. 

As crianças vão crescer e vão sendo responsáveis por cada tarefa que executam, preocupados com o bem-estar dos outros, irão adquirir conhecimentos importantes ao longo da vida que lhes permitirão solucionar problemas e todas serão necessárias.  Esta é uma mensagem fundamental a ser transmitida: todas são importantes e todas têm um valor!  

Uma boa autoestima poderá também ser fortalecida pela noção de que a criança é amada por Deus e por outras pessoas que acreditam nela e nas suas competências. Existe uma segurança tão profunda que vem de saber que somos criados com valor e potencial por um Deus que nos conhece e está sempre perto de nós. Que maravilhoso será que as nossas crianças compartilhem desta fé, reconheçam o seu valor e o valor do outro, amando o outro.

Ao estarmos com a criança construímos um espaço de cooperação, de envolvência que promove o sentir, a realização de sonhos, que ajuda a criança a acreditar em si própria e a ultrapassar as suas dificuldades. Temos o dever de abraçar a criança, de a fazer sentir digna dos seus direitos, porque todos os dias a criança tem direito a ser feliz, a sentir-se importante para os outros, a continuar a sonhar, a imaginar e a brincar sem parar.  

A forma como motivamos as nossas crianças é determinante para o seu futuro.  

Todos os adultos envolvidos no processo educativo enquanto pais, família, professores, educadores, líderes de igreja, voluntários ou outros adultos significativos temos por objetivo apoiar a criança a ultrapassar os obstáculos, gerir as frustrações e as emoções num trabalho continuo de acompanhamento e motivação que desejamos que traga os seus frutos: crianças honestas, sensatas, resilientes, amorosas, motivadas e cheias de fé.  

Desejamos ser uma boa influência para que as nossas crianças não se tornem adultos arrogantes, egoístas ou até cruéis. Para promover o seu desenvolvimento adequado é importante refletir em algumas estratégias de motivação, na relação com as nossas crianças:

  • elogiarmos o esforço que a criança desencadeia em vez de nos centrarmos nas competências que tem ou que ainda não adquiriu ou nas capacidades cognitivas que exibe. A criança que é elogiada por trabalhar de uma forma determinada e motivada, tem maior probabilidade de conseguir abraçar novos desafios e de permanecer motivada ao longo de todo o processo. É importante que o elogio que se dá à criança seja motivador para uma constante aprendizagem e suplementação de desafios. 
  • outra estratégia é o encorajamento para que a criança possa experimentar coisas novas, mesmo que pareçam difíceis. A perseverança é composta por interesse, prático, propósito e a esperança. Na Associação Crescer com Amigos, por exemplo promovemos o desenvolvimento e, acreditamos que é no trabalho individual do voluntário com a criança que haverão possibilidades de crescer para um futuro com mais esperança. Neste trabalho de proximidade é importantíssimo que cada um de nós ao trabalhar com a criança seja caloroso e compreensivo, e torne todo o processo de aprendizagem de novas estratégias emocionais e comportamentais, bastante divertido. Quando a criança tem oportunidade de alcançar algo que faz com que se sinta bem, este sucesso trará mais confiança e será motivador para outros sucessos. 
  • uma estratégia também importante é a celebração após cada tarefa alcançada., no entanto, é nossa função não permitir que a criança dependa demasiado destas recompensas. Embora o sistema de recompensas possa ser profundamente útil em momentos específicos, usado incorretamente, pode minar por completo o interesse nas atividades que poderiam vir a ser gratificantes. Enquanto mães, professoras, educadoras devemos optar por encorajar as crianças a fazer aquilo que tem de ser feito, reconhecendo os seus sentimentos e oferecendo explicações alternativas ou escolhas. 

Como pessoas integrantes numa comunidade nem sempre defendemos a infância das nossas crianças e os seus verdadeiros interesses. Muitas vezes impomo-nos a cada uma delas, sem olhar a fundo as suas dificuldades ou fragilidades e sem pensar no impacto que criamos nas suas vidas. 

Há dias em que falamos um pouco mais alto, com falta de consciência ou de sensibilidade para entender o que se está a passar. 

Também levamos o nosso cansaço para dentro de casa e esquecemos que ficamos mais irritadas e com menos paciência. Deixamo-nos levar pelas emoções e preocupações que ultrapassam a calma e a capacidade de escuta. Por vezes não nos dispomos a compreender a atitude das crianças quando estão chateadas, quando se queixam, perdemos a capacidade de ouvir, escutar e abraçar quando tanto necessitam. Tantas vezes preenchemos excessivamente o tempo que devia ser de brincadeira, porque na verdade continuamos a considerar o tempo das crianças como nosso, dos adultos. Precisamos como adultas, saber agradecer mais e pedir mais vezes desculpa.  

Agradecer porque cada criança nos lembra que o brincar é mesmo importante, que todos os diálogos são partilhas das suas descobertas e que as ligações e conexões que realizam são fenomenais.  

As crianças, têm uma capacidade incrível e única de nos recordar que a educação se faz de relação.  Todos erramos, crescemos e ultrapassamos juntos as fragilidades e prosseguimos…  Saibamos nós não esquecer que um dia também já fomos crianças… 

As crianças são verdadeiramente o futuro, que cada uma de nós possa contribuir para um processo educativo que promova o crescimento de “boas pessoas” cheias de fé, crianças felizes equilibradas, motivadas e determinadas!  

Dizem que é preciso uma aldeia para criar uma criança. Com uma certeza inabalável nos nossos corações, que num mundo em constante mudança não podemos desistir de assumir a nossa responsabilidade como igreja, até que todas as crianças consigam ver e sentir que são amadas incondicionalmente.

Marisa Bossa

Psicóloga Clínica
Pós-graduação em Terapia de Casal e Terapia Familiar
Supervisão em Sociedade Portuguesa em Terapia Familiar (SPTF)

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